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INPC sobe 1,04% em abril e acumula alta de 12,47% nos últimos 12 meses
Foi a maior variação para um mês de abril desde 2003 (1,38%).
11/05/2022


Reprodução:CUT
Foi a maior variação para um mês de abril desde 2003 (1,38%).


CUT – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC teve alta de 1,04% em abril, abaixo do registrado no mês anterior (1,71%). Foi a maior variação para um mês de abril desde 2003 (1,38%). No ano, o INPC acumula alta de 4,49% e, nos últimos 12 meses, de 12,47%, acima dos 11,73% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2021, a taxa foi de 0,38%.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os produtos alimentícios passaram de 2,39% em março para 2,26% em abril. Os não alimentícios também desaceleraram e registraram 0,66%, frente aos 1,50% do mês anterior.

O INPC subiu em todas as áreas pesquisadas. O menor resultado foi no município de Goiânia (0,65%), em função da queda na energia elétrica (-10,49%).

A maior variação, por sua vez, ficou com a região metropolitana do Rio de Janeiro (1,45%), influenciada pelas altas de 13,57% no leite longa vida e de 6,25% nos produtos farmacêuticos.

 

IPCA de 1,06% é o mais alto para abril desde 1996

Puxada pela alta dos preços dos alimentos, bebidas e transportes, a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou em 1,06% em abril, a maior variação para um mês de abril desde 1996 (1,26%). A alta acumulada este ano é de 4,29% e a dos últimos 12 meses – de abril do ano passado a abril deste ano – é de 12,13%.

Segundo o instituto, os grupos que mais impactaram no maior índice em 26 anos foram: Alimentação e Bebidas, com variação (2,06%) e impacto de 0,43 ponto percentual no índice; e o de Transportes, com alta de 1,91% e 0,42 ponto percentual. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril.

“Alimentos e transportes, que já haviam subido no mês anterior, continuaram em alta em abril. Em alimentos e bebidas, a alta foi puxada pela elevação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Houve alta de mais de 10% no leite longa vida, maior contribuição (0,07 p.p.), e em componentes importantes da cesta do consumidor como a batata-inglesa (18,28%), o tomate (10,18%), o óleo de soja (8,24%), o pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%)”, elenca o analista da pesquisa, André Almeida.

No caso dos transportes, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento nos preços dos combustíveis que continuaram subindo (3,20% e 0,25 p.p.), assim como no mês anterior, com destaque para gasolina (2,48%), produto com maior impacto positivo (0,17 p.p.) no índice do mês.

“A gasolina é o subitem com maior peso no IPCA (6,71%), mas os outros combustíveis também subiram. O etanol subiu 8,44%, o óleo diesel, 4,74% e a ainda houve uma alta de 0,24% no gás veicular”, acrescenta Almeida.

Além de aceleração nos grupos Alimentação e Bebidas e no de Transportes, o IBGE registrou alta nos de Saúde e cuidados pessoais (1,77%) e Artigos de residência (1,53%). O único grupo em queda foi Habitação (-1,14%). Os demais ficaram entre 0,06% de Educação e 1,26% de Vestuário.

 

 

Outras altas:

- produtos farmacêuticos (6,13%);

- produtos de higiene pessoal (0,85%);

- gás de botijão (3,32%);

- gás encanado (1,38%);

 

A pesquisa mostra ainda que todas as áreas pesquisadas tiveram alta em abril. A maior variação do IPCA ocorreu na região metropolitana de Rio de Janeiro (1,39%), onde pesaram as altas dos produtos farmacêuticos (6,38%) e da gasolina (2,62%). A menor variação, por sua vez, ocorreu na região metropolitana de Salvador (0,67%), onde houve queda nos preços da gasolina (-3,90%) e da energia elétrica (-3,41%).

 

Foto: Reprodução

Fonte: CUT Brasil

 
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