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Trabalhadores da KLL voltam ao trabalho depois de dois dias de greve Durante os dois dias de greve os trabalhadores mostraram aos patrões que não aceitarão mais medidas autoritárias e injustas 03/08/2016 Desde a última segunda-feira até o final da manhã desta quarta-feira (03) os trabalhadores da empresa KLL, de Alvorada, estiveram paralisados em solidariedade a um companheiro que foi demitido com (in) justa causa por danificar uma máquina. Durante os dois dias de greve os trabalhadores mostraram aos patrões que não aceitarão mais medidas autoritárias e injustas. O setor de engenharia da empresa também se juntou a paralisação expondo alguns problemas que tinham com a maneira que o chefe os tratava. Depois de dois dias de paralisação e algumas reuniões entre os patrões e o sindicato representando os trabalhadores, a empresa afirmou que não retiraria a justa causa, mas ajudaria o companheiro demitido com um valor aproximado de R$ 2.000. Também ficou acordado que a empresa pagaria um dos dias paralisados e o outro os trabalhadores compensariam ficando uma hora a mais todas as sextas-feiras durante oito semanas. Os patrões fizeram uma reunião separada com os engenheiros da empresa prometendo que mudariam as práticas e pedindo para que voltassem ao trabalho, eles prontamente disseram que só tiveram a oportunidade de expor a sua situação com a paralisação dos companheiros e afirmaram que só voltariam quando os trabalhadores do chão de fábrica voltassem. Na última assembleia desta quarta-feira, o presidente Lírio Segalla reforçou que pelo histórico de repressão da empresa, os engenheiros poderiam ser perseguidos por serem em menor número. "Temos que cuidar dos camaradas, é importante eles estarem integrados com o pessoal da fábrica, pois a luta deles é a mesma que a nossa!", disse Segalla. Lírio reforçou a importância da categoria se manter unificada, "quando a manada se une, o leão dorme com fome", exemplificou. No final da assembleia, Segalla ressaltou que a luta pelo companheiro demitido ainda não acabou. "Cumprimos uma etapa. A nossa luta é que essa situação seja revertida. Iremos até o jurídico fazer um documento relatando a situação do trabalhador demitido e também de outras situações de desrespeito que aconteceram na KLL, traremos o documento aqui para os trabalhadores assinarem, pois essa situação não pode ficar assim", comentou. Também propôs que no dia da audiência entre o trabalhador e a empresa, sigam todos juntos com faixas denunciando a situação em caminhada até a vara do trabalho reforçando a solidariedade ao companheiro e mostrando a força que a categoria metalúrgica tem. Com uma salva de palmas e aceitação unanime dos trabalhadores a assembleia foi encerrada. Veja também |