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Alemanha: professor da Unicamp diz que golpe no Brasil é contra projeto que garante direitos
Durante a 4ª Conferência Expressões da Globalização, em Frankfurt, Guilherme Mello fez uma análise da situação econômica brasileira e criticou governo golpista
22/06/2016


CNM/CUT
A partir da esquerda: Sanches, Mello e Oliveira


 Frankfurt - “A consolidação do golpe no Brasil é contra um projeto de nação. A Constituição de 1988, que garante direitos básicos de cidadania para todos os brasileiros, está com os seus dias contados”. O alerta foi feito por Guilherme Mello, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, a uma plateia de cerca de 80 metalúrgicos alemães e brasileiros que participam da 4ª Conferência Expressões da Globalização, ininciada nesta quarta-feira (22) e que se estende até sexta (24), em Frankfurt, na Alemanha.

O painel sobre a atual situação econômica do Brasil foi mediado por Valter Sanches, secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), e Loricardo de Oliveira, secretário geral em exercício da CNM/CUT.

De acordo com o acadêmico, o governo golpista está desesperado para aprovar a pauta conservadora e retomar o neoliberalismo desenfreado. “Em pouco mais de um mês no comando ilegítimo do Brasil, este governo cortou direitos sociais, pretende acabar com a saúde pública e reduzir ao extremo o papel do Estado na economia. Eles querem acabar com um projeto inclusivo”, afirmou.

Para o professor, um dos erros cometidos pelo governo Dilma foi o atender a agenda dos empresários brasileiros, com uma política de valorização cambial, aumento da taxa de juros e desoneração fiscal. “A contrapartida que o governo esperava era de que os empresários investissem seus lucros na produção, mas isso não aconteceu. O empresariado brasileiro é rentista e importador e por isso investiu seus lucros no mercado financeiro. A desoneração fiscal se transformou em margem de lucro, não em contrapartidas trabalhistas e investimento produtivo”, avaliou Mello.


Metalúrgicos da CUT do Brasil e da Alemanha participam da Conferência

Ele também defendeu os projetos sociais de inclusão dos governos de Lula e Dilma, que refletiram diretamente no crescimento da economia brasileira. “Foi a partir de um governo progressista que foi implementada no Brasil uma política de valorização do salário mínimo. Com o programa Bolsa Família, conseguimos distribuir renda e tirar milhões do mapa da pobreza, sem falar do Prouni, um programa que dá acesso aos negros e pobres às universidades”, analisou.

A Conferência prossegue nesta quinta-feira (22), quando os trabalhadores vão discutir as inovações e investimentos para garantir o futuro da indústria, a política industrial no Brasil e medidas para fortalecimento do ramo metalúrgico, além das relações industriais na Alemanha e as tendências de precarização no mercado do trabalho no Brasil.

A Conferência
A atividade é uma realização da Fundação Hans Böckler (ligada ao IG Metall, Sindicato Nacional dos Metalúrgicos na Alemanha) e da CNM/CUT, em parceria com o Instituto Integrar e o IG Metall. O projeto teve início em 2009, com uma conferência no Brasil. Em 2012, foi a vez dos brasileiros irem à Alemanha. Já 3º Conferência aconteceu novamente no Brasil, em novembro de 2014.

Este ano, participam da atividade 80 metalúrgicos da Alemanha e do Brasil.

Antes da abertura da Conferência, os trabalhadores brasileiros tiveram um debates preparatórios (leia mais aqui) e conheceram o modelo de representação sindical alemão nos locais de trabalho (leia aqui).

(Fonte: Shayane Servilha - Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)

 
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