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Metalúrgicos alemães apresentam sistema de cogestão para trabalhadores brasileiros Tema foi abordado na manhã desta quinta (23) no segundo dia da 4ª Conferência Expressões da Globalização, em Frankfurt, que também discutiu o futuro da indústria e das relações entre capital e trabalho. 23/06/2016 CNM/CUT A partir da esquerda, Behrens, Guggemos e Sanches Frankfurt - As relações industriais na Alemanha e os elementos para garantir o futuro da indústria alemã foram tema do segundo dia da 4ª Conferência Expressões da Globalização nesta quinta-feira (23), em Frankfurt. A atividade, iniciada ontem, reúne 80 metalúrgicos brasileiros e alemães e prossegue até amanhã (24). Para falar sobre os dois temas, estiveram presentes os representantes da Fundação Hans Böckler (FHB), Michael Guggemos e Martin Behrens. A mesa foi coordenada pelo secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Valter Sanches, que também integra o Conselho de Administração da Daimler. O diretor da FHB explicou as principais leis que regulam as relações de trabalho em seu país. A principal delas é a Lei de Cogestão, que prevê a participação dos trabalhadores em conselhos administrativos nas empresas. “A cogestão é uma importante ferramenta em defesa dos interesses dos trabalhadores. Sabemos que é difícil, mas gostaríamos que este sistema fosse para além da Alemanha porque a relação capital-trabalho é globalizada”, contou. “Os Acordos Marcos Globais, que estabelece condições mínimas de trabalho em multinacionais, é um dos caminhos para unificar os direitos de trabalhadores na mesma empresa”, completou. Ele também explicou que a participação destes representantes nos conselhos administrativos das multinacionais é remunerada anualmente, mas todos eles repassam esse valor para a FHB. “É com esta doação que a Fundação promove formação sindical e atividades de interesse dos trabalhadores, como esta Conferência Expressões da Globalização. Um desses representantes, inclusive, é o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Valter Sanches, é o único trabalhador não alemão que faz parte do Conselho Administrativo da Daimler, na Alemanha”, lembrou.
Ainda de acordo com ele, o futuro do emprego é preocupante se os trabalhadores não participarem das decisões sobre este novo modelo de trabalho. “Precisamos ter um olhar social para todas as possibilidades destas novas tecnologias, além de lutar por condições dignas de trabalho. As indústrias vão querer manter os funcionários em um sistema flexível de trabalho, sem representação no conselho de empresa, sem salário fixo, plano de saúde e sem seguro desemprego”, alertou. A Conferência Sobre a 4ª Conferência e intercâmbio, leia também: (Fonte: Shayane Servilha - Assessoria de Imprensa da CNM/CUT) Veja também |