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Metalúrgicos da CUT participam de intercâmbio sindical na Alemanha Atividade faz parte da preparação para 4ª Conferência Expressões da Globalização, que reúne metalúrgicos brasileiros e germânicos para troca de experiências e organização dos trabalhadores. 21/06/2016 Alemães falam sobre estrutura sindical no seu país. Loricardo (dir) compôs a mesa Frankfurt - Metalúrgicos cutistas de todo país estão em Frankfurt, Alemanha, para conhecer a estrutura sindical e a indústria do país germânico. O evento, que teve início nesta segunda-feira (20) e se estende até sexta-feira (24), está sendo realizado na sede do IG Metall, sindicato nacional dos metalúrgicos da Alemanha, que representa 2,3 milhões de trabalhadores. Angélica Jiménez e Michael Erhardt, dirigentes do IG Metall, receberam a delegação de 35 sindicalistas brasileiros para conversar sobre o sistema sindical alemão. Os brasileiros foram representados na mesa por Loricardo de Oliveira, secretário geral em exercício da CNM/CUT. Um dos temas centrais do debate desta tarde foi a organizaçao sindical da juventude. De acordo com Erhardt, uma das principais conquistas do Sindicato nos últimos cinco anos foi o aumento de jovens filiados. “Tivemos um crescimento de 25% na participação da juventude no nosso sindicato. Eles são futuro da nossa nação e a presença deles é fundamental para criar políticas que os insiram realmente no mercado de trabalho, já que os jovens [alemães] têm apenas o conceito teórico nas escolas”, afirmou. Já no Brasil, a grande dificuldade é trazer associados jovens as entidades sindicais metalúrgicas. “A proposta do IG Metall é se aproximar da juventude, já que representa sua a maior força de trabalho na base. E a proposta da CNM/CUT também é essa, além de aumentar a quantidade de jovens sindicalizados, mas, infelizmente, ainda existe uma resistência do jovem porque não se sentem representados por conta das estruturas sindicais”, disse o secretário de Juventude da CNM/CUT, Silvio Ferreira. “Os alemães também utilizam a cultura como uma forte ferramenta para a adesão destes jovens e o Brasil precisa entender que a cultura também é uma forma de organizar os trabalhos”, completou. Outro ponto foi a associação de trabalhadores aos sindicatos. Ao contrário dos sindicatos no Brasil, o Sindicato dos Metalúrgicos da Alemanha só pode representar os trabalhadores sindicalizados. “A nossa lei não permite que os sindicalistas façam intervenções e conquistem direitos para os não-sócios. O que podemos fazer é abrir as portas do nosso sindicato para todos os trabalhadores e discutir com eles suas reais necessidades”, contou. A conversa com os dirigentes alemães foi uma preparação para a 4ª Conferência Expressões da Globalização – Juntos Pensando o Futuro, que será realizada entre os dias 22 a 24. A atividade é uma realização da Fundação Hans Böckler (ligada ao IG Metall) e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), em parceria com o Instituto Integrar e o IG Metall. O convênio para este projeto começou em 2009, com uma conferência no Brasil. Em 2012, foi a vez dos brasileiros irem à Alemanha. Já 3º Conferência aconteceu novamente no Brasil, em novembro de 2014. Antes de dar início à 4ª Conferência em si, amanhã (21) o grupo de metalúrgicos brasileiros irá fazer uma visita à fábrica de autopeças Norma. (Fonte: Shayane Servilha - assessoria de imprensa da CNM/CUT) Veja também |