Notícias
 
Média dos salários subiu acima da inflação
Alta acumulada em 12 meses até março é de 8,2% nas seis principais regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE; inflação do período foi de 6%
14/05/2014




O avanço do salário nominal está menor nos últimos meses, mas ele ainda cresce acima da inflação. Nos 12 meses encerrados em março - último dado disponível -, a alta acumulada é de 8,2% nas seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Brasil só não enfrenta um paradoxo com um salário nominal crescendo tanto num momento em que a economia dá sinais de desaceleração porque a inflação continua elevada. A expectativa do mercado expressa no boletim Focus, do Banco Central, divulgado segunda-feira, é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 6,39%, enquanto o crescimento esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) será de 1,69%, abaixo do avanço de 2,3% de 2013.

"Um cenário melhor do ponto de vista da estabilidade seria se o País tivesse uma inflação mais baixa, consequentemente um reajuste nominal menor, e mantivesse o patamar atual do ganho real dos salários", diz Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). "O aumento do salário nominal reflete o que os trabalhadores estão pedindo."

A inflação elevada mantém o salário nominal num nível alto e compromete o ganho real dos trabalhadores. No acumulado em 12 meses até março, o reajuste acima da inflação era de 2,2%, um resultado inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando o aumento chegou a 3,5%. A retroalimentação entre aumento de preços e ganhos salariais acaba dificultando a queda da inflação no País, que se mantém distante do centro da meta do governo (4,5%). "Tanto a inflação elevada como o baixo crescimento estão dificultando os ganhos salariais", afirma Rafael Bacciotti, economista da consultoria Tendências.

Ao longo dos últimos anos, a renda nominal já cresceu mais, mas também permaneceu em patamares mais baixos. Em maio de 2009, o crescimento acumulado em 12 meses chegou a 11,1%, enquanto entre abril e junho de 2010 aumentou 6,8%.

Os salários avançaram nos últimos anos por causa da forte expansão do mercado de trabalho. O crescimento econômico brasileiro aumentou a demanda por trabalhadores em setores que empregam mais mão de obra - como comércio e serviços -, o que causou um aquecimento no mercado de trabalho.

"Esses setores utilizam mais mão de obra do que a indústria, que deixou de crescer no Brasil", diz Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Atualmente, o mercado de trabalho dá sinais de perda de fôlego, mas o desemprego ainda continua baixo - a desocupação em março foi de 5%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, o menor nível para o mês desde o início da série histórica em 2002. "A taxa de desemprego continua baixa, mas não porque o emprego cresceu de maneira contundente. O emprego tem crescido pouco, e o que a gente tem visto é a saída de pessoas da força de trabalho", diz Bacciotti.

Em 2014, o mercado de trabalho não deverá ser tão afetado pela desaceleração da economia. Dois fenômenos - a Copa e as eleições - devem ajudar a sustentar o emprego. "Com base na PME, a expectativa é que o mercado fique estagnado", diz Barbosa Filho, do Ibre.

 

Por: Estadão

 
Veja também
 
 
 
 
 
 
 
Redes Sociais
 
 
Folha Metalúrgica
 
Assista
 
Escute
Escolha o áudio abaixo...

 
Boletim Eletrônico
Receba em seu e-mail o boletim eletrônico e informes do Sindicato

Não quero mais participar
 
Veja Também
 
 
Serviços
  Benefícios para Associado
  Tesouraria
  Jurídico
  Homologação
  Saúde
  Catálogo de Convênios e Parcerias
O Sindicato
  Institucional
  História
  Diretoria
  Base do Sindicato
  Subsedes
  Aposentados
  Colônia de Férias
  Lazer
Convenções
  Metalurgia
  Reparação de Veículos
  Máquinas Agrícolas
  Siderurgia
Galerias
  Fotos
  Escute
  Notícias
  Opinião do Sindicato
  Folha Metalúrgica
  Publicações
CNM  FTM RS  CUT
 
STIMEPA - Sindicato dos Metalurgicos da Grande Porto Alegre
Av. do Forte, 77 - Cristo Redentor - CEP 91.360-000;
Telefone: (51) 3371.9000 - Porto Alegre - RS.
De segunda à sexta, das 8h às 17h.
 
Omega Tecnologia