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CUT-RS e centrais sindicais do RS lançam campanha Não deixe o piso regional acabar O Governador Eduardo Leite propôs uma elevação de apenas 2,73%, o equivalente a 50% do INPC de 2020, significando mais uma perda salarial inaceitável. 19/10/2021 Em coletiva de imprensa virtual, realizada na tarde desta segunda-feira (18), a CUT-RS e centrais sindicais do Rio Grande do Sul lançaram a campanha unificada "Não deixe o piso regional acabar". Foi exibido o primeiro vídeo e apresentados cards e cartazes para divulgação nas redes sociais. O evento contou com a presença de diversos veículos de comunicação. O salário mínimo regional está congelado desde 1º de fevereiro de 2019. No ano passado, o governador Eduardo Leite (PSDB) enviou um projeto aos deputados com reajuste de 4,5%, que correspondia ao INPC de 2019, mas depois a sua base aliada votou reajuste zero e ele sancionou. Neste ano, o governo propôs uma elevação de apenas 2,73%, o equivalente a 50% do INPC de 2020, significando mais uma perda salarial inaceitável. As centrais reivindicam a reposição de 10,3%, o que representa o INPC de 2019 e 2020, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “A proposta do governador é uma vergonha. Ele é o responsável por essa situação. Faz isso enquanto não reajusta há mais de sete anos o salário dos servidores públicos, vende o patrimônio do povo gaúcho e não paga a dívida do Estado com a União. É um péssimo gestor”, afirmou o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci. Ele ressaltou que o aumento do mínimo não significa mais desemprego. “Nem precisa o Prêmio Nobel da Economia de 2021 afirmar isso. Basta olharmos para Paraná e Santa Catarina. O desemprego aqui é maior do que nos dois estados vizinhos, que concederam reajustes em 2020 e 2021. Só empresário atrasado para achar que o piso regional traz desemprego. Ou então é muito avarento. Estamos diante de uma grande injustiça e de uma falta de sensibilidade política. Como pode o governador oferecer somente 2,73% de reajuste diante de tamanha carestia e de inflação tão alta?”, questionou. Na coletiva teve manifestações de dirigentes das centrais e dos deputados estaduais Edegar Pretto (PT) e Luiz Fernando Mainardi (PT), que é o relator do projeto do governador na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. Mainardi é também relator da subcomissão do piso regional criada na Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, da Assembleia Legislativa, que realiza uma audiência pública sobre a falta de reajuste na próxima quinta-feira (21), às 10h, no Teatro Dante Barone, em formato misto. “Temos que permanentemente disputar a sociedade para a importância da população de baixa renda ter um piso como referência. Ganhando, não menos que o piso e tendo nele uma base para as negociações. O grande desafio colocado para os trabalhadores da iniciativa privada e os servidores públicos é o debate sobre como os governos neoliberais estão tratando os trabalhadores”, destacou Mainardi. “Há um desrespeito, uma desconsideração, ao propor 1/4 do que os trabalhadores têm direito. É apenas a recomposição do que a inflação tirou durante os últimos dois anos. A luta tem que ser pelo reajuste de 10,3%, que é a recomposição dessas perdas”, concluiu.
Assista à transmissão da coletiva de imprensa
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