Além da Globo/RBS, está entre os suspeitos o ministro do TCU, Augusto Nardes. Daí se explica a pífia cobertura midiática sobre o caso
09/10/2015
Os barões da mídia devem estar preocupados. O Portal Imprensa destacou nesta quinta-feira (8) que a "Polícia Federal deflagra nova etapa da Operação Zelotes; RBS é alvo da investigação". Até agora, a imprensa privada fez de tudo para abafar o escândalo das fraudes fiscais, que envolve empresários de peso - como os sócios do Grupo Gerdau e os donos da RBS, afiliada da TV Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Mas a operação segue em andamento e começa a dar os primeiros frutos.
Segundo a reportagem, sete mandados de busca e apreensão foram determinados pela PF nesta nova fase das apurações. Iniciada em 26 de março passado, com o cumprimento de 41 mandatos de busca, a Operação Zelotes investiga os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo perícias da Receita Federal, o assalto aos cofres públicos soma de R$ 5,7 bilhões. Mas há suspeita de que o rombo seja três vezes maior - bem mais do que o apurado na midiática Operação Lava-Jato. Apesar dos estragos, a mídia evita destacar o assunto - que envolve empresas de comunicação e poderosos anunciantes, além de figuras carimbadas da politica.
Entre os suspeitos estão o ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes - que teve seus 19 minutos de fama com a rejeição das contas do presidenta Dilma no TCU -, os bancos Bradesco, Safra, Pactual e Bank Boston, a montadora Ford, a BR Foods, a Petrobras, a Camargo Corrêa, a Light "e o grupo RBS, afiliado da Rede Globo nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul" - registra o Portal Imprensa, que dá mais detalhes da Operação Zelotes:
"O caso começou a ser investigado após denúncia anônima do conselheiro Paulo Roberto Cortez à Receita e à PF. Ele alegou que conselheiros recebiam propina para atrasar processos de grandes empresas que discutiam dívidas do "tribunal administrativo da Receita". O objetivo era reduzir ou até mesmo anular multas. A RBS seria uma das empresas com indícios mais fortes de participação no esquema de corrupção efetuado para não pagar impostos. O presidente-executivo do grupo RBS, Eduardo Sirotsky Melzer, chegou a ser convocado para depor na CPI do Carf".
Já em nota oficial, o Ministério da Fazenda confirmou que, em sua terceira fase, a Operação Zelotes cumpriu nesta quinta-feira (8) sete mandados de busca e apreensão e que a ação tem como objetivo coletar novos documentos sobre o escândalo. "As investigações têm apontado para a existência de irregularidades que consistiram na manipulação de decisões, mediante a atuação coordenada de agentes públicos e privados, com a finalidade de reduzir ou extinguir débitos tributários com o consequente prejuízo para a Administração Pública", afirma o texto.
Será que agora a RBS, afiliada da TV Globo, vai pagar por seus crimes? A conferir!
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