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Assembleia do FSM decide: Estado Palestino livre e soberano já! Militantes de cinco continentes e mais de 300 organizações de 36 países diferentes participaram de mais de 160 atividades em Porto Alegre 02/12/2012 Assessoria de Comunicação Social - STIMEPA Porto Alegre sediou entre os dias 28 de novembro e 1° de dezembro o Fórum Social Mundial Palestina Livre (FSMPL) Porto Alegre sediou entre os dias 28 de novembro e 1° de dezembro o Fórum Social Mundial – Palestina Livre (FSMPL). Depois de participarem de mais de 160 atividades realizadas em vários pontos da capital gaúcha, os militantes de cinco continentes e mais de 300 organizações de 36 países diferentes decidiram, em assembleia realizada na UFRGS, no final da tarde do último dia do encontro, conclamar a realização de ações e campanhas mundiais de boicote, desinvestimento e sanções (BDS) contra a ocupação israelense, a fim de acelerar a concretização do Estado palestino. O objetivo é atingir economicamente a elite reacionária de Israel, isolando a política de terrorismo de Estado israelense, inspirando a população palestina a fortalecer a resistência. “A campanha de BDS é chave para atingir as empresas que estão apoiando financeiramente a expansão do muro do apartheid, roubando a água da população e metade da terra da Cisjordânia, e ainda produzindo armas para matar quem resiste”, resumiu a italiana Maren Mantovani, relações internacionais do movimento palestino Stop the Wall (pare o muro). O muro que ela se refere tem aproximadamente 850 quilômetros de extensão e foi erguido por Israel para saquear as fontes de água e as terras mais produtivas dos palestinos, separando famílias e obrigando muitas crianças a caminharem horas para chegar na escola. O secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício, que conheceu de perto a dura realidade vivida nos territórios palestinos ocupados, acredita que é insustentável países como o Brasil continuarem sendo um dos principais parceiros militares de Israel. Em nome da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), a secretária nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti ressaltou o compromisso das organizações brasileiras de colocarem a campanha de boicote na agenda, “pois a mobilização popular em cada país tem papel decisivo para a derrota desta absurda e criminosa política de apartheid”, disse. “Fomos vitoriosos e derrotamos os inimigos da comunidade palestina, que pressionaram e tentaram desmobilizar o Fórum alegando que estavam vindo para Porto Alegre terroristas, gente que só queria violência. Foram quatro dias de intensos debates, com respeito e dignidade, coroados por uma marcha extraordinária de milhares de manifestantes”, comemorou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. A declaração final do FSMPL e da assembleia dos movimentos sociais lembra que o processo de construção do evento “foi tristemente marcado pelo covarde ataque militar de Israel à Faixa de Gaza, que tirou a vida, até o momento, de 167 palestinos, em sua maioria mulheres e crianças”. Desde Porto Alegre os movimentos sociais dos cinco continentes manifestaram repúdio à agressão sionista e exigiram a condenação de mais este crime contra a humanidade patrocinado pelo governo de Israel. “Manifestamos o nosso mais profundo sentimento de solidariedade à resistência contra a ocupação israelense, reafirmando o compromisso dos povos do mundo em tornar realidade o reconhecimento do estado palestino livre e soberano”, disseram. Veja também |