Direção do sindicato participa de debate sobre o futuro da indústria durante a programação do Fórum Social Mundial
Sustentabilidade e Indústria 4.0 foram alguns dos pontos principais da atividade
27/01/2023
CUT
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Na quinta-feira (26), a direção do sindicato junto aos trabalhadores e representantes do Macrossetor Indústria da CUT, no qual a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) faz parte, da IndustriALL-Brasil e do Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento (TID-Brasil) participaram da atividade híbrida que teve como tema “indústria e sustentabilidade”.
A atividade contou com a participação do Secretário Nacional do Meio Ambiente da CUT, Daniel Gaio. O debate sobre os “Desafios da Indústria com menos carbono e energia renovável” foi feito com o professor da Universidade Federal do RS, Junico Antunes. Já o tema “A Indústria sustentável na floresta do Amazonas” foi trazido pelo Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Valdemir Santana.
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Daniel Gaio, secretário nacional de Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), destacou a necessidade de debater a sustentabilidade quando o assunto é reindustrialização. “Cerca de um quarto da força de trabalho mundial é altamente vulnerável aos impactos da mudança climática. Nesse sentido, temos que ter recursos e atenção para a adaptação e a mitigação. Esse e outros dados reafirmam a necessidade de discutirmos o desenvolvimento industrial, gerando empregos com justiça social e ambiental”, destacou Daniel.
A coordenadora do Macrossetor da Indústria da CUT e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Vestuário da CUT (CNTRV), Cida Trajano, destaca que um dos pontos principais a ser debatido no evento será o plano Indústria 10+, um conjunto de diretrizes proposto pelo movimento sindical para orientar o governo nacional sobre a elaboração de políticas, programas e ações relativos ao desenvolvimento produtivo e tecnológico brasileiro para os próximos 10 anos.
“O plano passou por várias mãos, lideranças sindicais e políticas, Dieese, acadêmicos, e é uma forma da classe trabalhadora apontar caminhos para que o Brasil avance”, disse Cida.
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O diretor de formação do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, Frederico Apratto, acredita que o debate é crucial para entender o impacto da indústria 4.0 na categoria metalúrgica.
“São mudanças que vão passar por todos os aspectos das relações de trabalho, seja dentro das fábricas, na economia e no próprio movimento sindical.”, garantiu o diretor.
Frederico também propõe medidas que devem acompanhar a evolução da indústria para melhorar as condições de trabalho.
“É necessário o entendimento das empresas de que não basta apenas modernizar e industrializar o Brasil sem capacitar e educar os trabalhadores.”, afirmou.
O secretário-geral da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, considera que essa nova indústria no Brasil precisa, além de se atualizar tecnologicamente e respeitar o meio ambiente, colocar no centro dos debates a valorização do trabalho decente.
"Ter uma indústria que atinja realmente a quarta revolução industrial, a chamada Indústria 4.0, é também ter uma perspectiva de distribuição de renda para que as pessoas possam trabalhar menos e ter mais tempo para seu lazer e sua família”, afirma Oliveira.
Fonte: Stimepa - IndustriALL-Brasil, CUT RS e CNM/CUT
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