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Melhora no atendimento: Mais Médicos diminui superlotação das emergências, afirma ministro da Saúde Atualmente, 1081 médicos estrangeiros atual em 369 municípios e distritos indígenas do RS 02/07/2014 Quadruplicaram as consultas não agendadas no Estado, quase dobraram os atendimentos de pré-natal nas cidades próximas a Porto Alegre e foram cumpridas as demandas de empregar 1.081 médicos na atenção básica em 369 municípios e distritos indígenas do Rio Grande do Sul. Esses dados respaldam a afirmação do Ministério da Saúde de que o Programa Mais Médicos — que completa um ano neste mês — tem impacto positivo na assistência à população. Em seminário sobre o programa, na manhã desta terça-feira, em Porto Alegre, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, atribuiu o que considera um desafogamento das emergências no Estado ao Mais Médicos, que reforçou o atendimento nas unidades básicas de saúde. Como exemplo, Chioro citou o Hospital Conceição, cuja média de pacientes variava entre 150 e 180 por dia e, hoje, está em torno de 70 a 100 pessoas. — São resultados ainda preliminares, mas muito importantes, que indicam o aumento brutal no número de atendimentos à população da periferia das cidades que antes não contavam com atendimento médico, melhorias significativas no atendimento do pré-natal e dados que mostram que diabéticos e hipertensos agora estão sendo acompanhados, diminuindo os encaminhamentos desnecessários às urgências dos hospitais. Isso, sem dúvida, vai melhorar até para a população que não é atendida pelo Mais Médicos, que vê o impacto nas emergências — afirma Chioro. O Ministério da Saúde não divulgou até o momento dados estaduais, mas os números federais indicam a melhora: no Brasil, o encaminhamento de pacientes a hospitais diminuiu 20%. Porém, a situação das emergências mostra que o polêmico projeto do governo federal, criticado por entidades médicas, ainda está distante de resolver a superlotação: o Hospital de Clínicas atende 124 pacientes nas 49 vagas disponíveis, enquanto o Conceição tem 97 pessoas para 64 vagas nesta terça-feira. Para o Ministério, ainda é necessário melhorar a qualidade da regulação e ampliar os serviços especializados. No Rio Grande do Sul, o reforço de profissionais beneficia 3,7 milhões de pessoas. Com a chegada dos médicos, os municípios próximos a Porto Alegre tiveram crescimento de 21,6% no atendimento de hipertensos na comparação entre 2013 e 2014. Aumentaram, também, os números de consultas agendadas (16,7%) e assistência a diabéticos (13,8%). — Hoje não há prefeito infeliz, eles estão satisfeitos com a presença dos Mais Médicos pela resolutividade, pela sua presença oito horas por dia, sete dias por semana, e pela possibilidade de realmente resolver a maior parte dos problemas de saúde perto de onde as pessoas vivem, inclusive em áreas rurais e mais vulneráveis, como as vilas — disse a secretária da Saúde do Estado, Sandra Fagundes, que acompanhou o seminário. Quanto às desistências de médicos cubanos ao programa (em todo o país, 17 abandonaram o projeto até o momento), o ministro defendeu que a quantidade é pequena frente aos 11,4 mil inscritos vindos de Cuba. Um desses profissionais é a médica Katiel Paez Castillo, 36 anos, que desde abril deste ano atua no município de Vale do Sol, no Vale do Rio Pardo, com população de 11,5 mil moradores. — Fico muito contente e feliz porque, pelo menos onde eu trabalho, o postinho é grande, muito bem equipado, tem até farmácia com medicamentos, dentista e dois enfermeiros muito bem preparados. Eu não tive nenhum problema — relata. Para Katiel, o desafio não se trata do atendimento em português, mas, sim, da distância da família. Ela deixou o filho de dois anos e o marido em Cuba, mas pretende reencontrá-los assim que possível. Conforme o Ministério da Saúde, o programa já tem atraído municípios que não havia se inscrito até 2013 e há outros interessados na ampliação. No entanto, não há previsão para abertura de um novo ciclo de contratação de médicos.
Fonte: Zero Hora Veja também |