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Ditadura Nunca Mais. Atrasou o Brasil em 40 anos! Nota da Central Única dos Trabalhadores 01/04/2014 Ainda sofremos as consequências desse triste período da nossa história Após 50 anos do golpe militar, completados neste dia 1º de abril, ainda sofremos as consequências desse triste período da nossa história. Um golpe apoiado pela burguesia e pela imprensa, que ainda hoje, se mantém ao lado de uma minoria que controla a opinião pública, omitindo e manipulando fatos importantes da história do Brasil. Durante os anos de chumbo, 1.202 sindicatos sofreram intervenção deixando claro que os trabalhadores, trabalhadoras e o movimento sindical brasileiro foram os principais alvos da ditadura. Através de manobras, o governo controlava os sindicatos com líderes escolhidos pelo próprio governo e que não deixariam fomentar na classe dos trabalhadores o germe do combate a ditadura, nem a reivindicação por melhores condições de trabalho e vida digna. Enquanto isso, no interior das fábricas, os operários iam enfrentando a ditadura militar e o intervencionismo do Estado nos sindicatos como podiam. Apesar da garantia do direito de greve, o que se deu de fato, foi a proibição das greves políticas e de solidariedade, limitando-se quase que exclusivamente a greves para a cobrança de salários atrasados. Sabemos que se as reformas de base anunciadas por Jango, no comício em 13 de março de 1964, na Central do Brasil, tivessem sido implementadas, hoje teríamos um país com menos injustiças. Além da repressão, torturas e censuras, o período militar nos deixou um legado de atraso de 40 anos no desenvolvimento do país. A Coréia do Sul no pós-guerra, estava fazendo uma reforma agrária e investindo em educação. Hoje é um país desenvolvido, distribuiu a riqueza o que permitiu um grande mercado de consumo e o desenvolvimento como consequência. No Brasil, apenas com a eleição de Lula, em 2002, começamos a investir em políticas públicas de inclusão social e distribuição de renda, o que fomentou o desenvolvimento da economia brasileira. E neste 2014, 50 anos depois do golpe temos a chance de dar um grande passo a frente e fortalecer a democracia através do Plebiscito Popular pela Reforma Política. Estamos lutando por uma Constituinte Exclusiva, desta vez sem heranças da ditadura. Diante disso, neste dia emblemático para a história do Brasil, a CUT-RS que sempre defendeu a democracia como condição fundamental de uma nação soberana, reafirmamos a necessidade da averiguação de todos os crimes cometidos neste período e a punição dos culpados. Ditadura nunca mais. Democracia sempre!
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