O sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, entendendo a importância de conscientizar sua base, realizou hoje na ThyssenKrupp, em Guaíba, a primeira de uma série de assembleias sobre a Reforma da Previdência. Com falas de diretores da região de Guaíba, do presidente Lírio Segalla e do presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, o encontro durou cerca de uma hora.

A assembleia começou por volta das 7h15min e contou com atenção de todos os trabalhadores e trabalhadoras da fábrica, incluindo administrativo. Após demandas pertinentes a assuntos internos da empresa, o presidente do sindicato dos Metalúrgicos, Lírio Segalla conversou com os trabalhadores sobre a importância da mobilização e unidade na luta para adquirir direitos. “Ontem teve um jogo de futebol, que bem na verdade não muda em nada na nossa vida, porém mobiliza diariamente milhares de pessoas, por que não podemos nos mobilizar assim para lutar pelos nossos diretos?”, indagou.

Em seguida, o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, disse que o governo golpista está apresentando uma ficção para o povo brasileiro ao dizer que a Reforma da Previdência visa acabar com os privilégios. “Os grandes privilegiados do país não estão constando na previdência, os generais estão fora, os juízes estão fora, os deputados estão fora”, exemplificou. Segundo Claudir, se o houvesse de fato um déficit previdenciário, o debate seria sobre a alíquota e não sobre o tempo trabalho para se aposentar. “A discussão seria que os 11% que pagamos não é suficiente, temos que pagar 11,5% ou 12%, fazer um cálculo honesto, pra aí poder dar conta e continuar pagando as aposentadorias”, comentou.

“O objetivo é endurecer o ingresso na aposentadoria, é pra fazer o trabalhador ser obrigado a optar por uma previdência privada. O Temer precisa pagar a conta que ele tem com os banqueiros, por terem posto ele na presidência”, comentou Claudir Nespolo referente ao impeachment da presidente Dilma Roussef, que foi patrocinado pelo grande empresariado e banqueiros.

O presidente do nosso Sindicato lembrou que em toda edição da Folha Metalúrgica, jornal do nosso sindicato, contará com um espaço destinado para exposição dos deputados e senadores gaúchos que votaram contra os trabalhadores nas reformas de Temer.

“É bancada da bala, bancada da bola, banca da bíblia e parece que a bancada do trabalhador não tem mais lá dentro, mas tem!”, disse Claudir, lembrando que é preciso sempre exercer o direito ao voto, procurando o candidato que defende os diretos da classe trabalhadora.

O ilegítimo presidente Michel Temer se reuniu com deputados da base, ministros e governadores na noite desta quarta-feira (22) para apresentar um novo texto-base da reforma da Previdência e afirmou que irá aprová-la ainda em 2017. Tendo em vista isso, Claudir fez um apelo “quando eles marcarem a votação nós iremos parar o Brasil!”.
 

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