Notícias
 
Na nossa categoria tem homens e mulheres que vão ao trabalho e não chegarão à aposentadoria
.
20/02/2017


Você terá duas opções: trabalhar até morrer ou morrer trabalhando


A verdade sobre a reforma da Previdência: o governo está mentindo para você e, se ela for aprovada, você terá duas opções: trabalhar até morrer ou morrer trabalhando.

O governo golpista de Temer revela-se como o verdadeiro exterminador do futuro. Depois da PEC da Morte, que congela os investimentos em saúde (destruindo o SUS), da educação e dos programas sociais por 20 anos, agora quer acabar com o seu legítimo direito de aposentadoria. O próprio Temer se aposentou aos 54 anos e hoje recebe R$ 30.613,00, mas o que vale para ele não valerá para você.

A propaganda do governo diz que Previdência está quebrada. É verdade?

Não. A Previdência Social não está quebrada. Ela não pode ser analisada isoladamente e integra o sistema da Seguridade Social, que engloba Previdência, Assistência Social e Saúde, estabelecido pela Constituição. Ao somar os recursos do sistema, o resultado mostra-se positivo e sobra dinheiro para aposentadorias justas. Em 2014, sobrou R$ 55,7 bilhões e, em 2015, R$ 11,2 bilhões. Ou seja, a propaganda do governo quer enganar a classe trabalhadora e a sociedade ao mostrar só a parte do orçamento da Previdência.

Para onde vai o dinheiro que sobra da Seguridade Social?

O governo usa um mecanismo chamado Desvinculação de Receitas da União (DRU), que retira parte do orçamento da Seguridade Social para outros fins que não os programas sociais e as aposentadorias. Para agravar o cenário, o Congresso Nacional aporvou, em setembro de 2016, uma Emenda C onstitucional que, além de prorrogar a DRU até 2023, amplia de 20% para 30% o percentual que o governo pode tirar dos recursos sociais. Isso vai permitir uma retirada de até R$ 120 bilhões do caixa da Seguridade.

Qual o real interesse do governo com a reforma da Previdência?

Ele quer beneficiar os planos privados de Previdência. O governo está acertando as contas com quem financiou o golpe. Com essa reforma, que liquida com o futuro dos trabalhadores e trabalhadoras, sobram mais recursos para pagar juros da dívida aos bancos, mantendo os altos lucros de quem atua no mercado financeiro.

O/a trabalhador/a poderá se aposentar por tempo de contribuição?

Não. Com a reforma, a aposentadoria só será com a idade mínima de 65 anos para todos. E essa idade sobe no futuro, quando aumentar a expectativa de vida. Em algumas regiões do Brasil, as pessoas vivem em média menos de 65 anos. Ou seja, esse trabalhadores contribuirão uma vida inteira e morrerão antes de se aposentar.

A idade mínima é igual para homens e mulheres?

Sim. O governo golpista foi ainda mais cruel neste aspecto. Como ele serve apenas aos interesses das grandes empresas e dos banqueiros, ignorou o fato de que as mulheres cumprem duas ou três jornadas, contando o trabalho diário, o cuidado com os filhos e o companheiro, a atenção da casa, entre outras funções. Além de ganhar menos, estatísticas revelam que, na média mundial, as mulheres trabalham 39 dias a mais por ano que os homens. Isto é, a cada 10 anos é como se elas tivessem trabalhado um ano a mais que os homens. Com 49 anos de contribuição, as mulheres teriam trabalhado quase cinco anos a mais.

Com 65 anos de idade, o trabalhador pode se aposentar com 100%?

Para se aposentar com 100% até o teto da Previdência será necessário contribuir por 49 anos. O tempo em que você ficou desempregado, trabalhando sem carteira e sem contribuir, não contam. Fazendo uma conta cimples, se você começou a trabalhar e contribuir aos 20 anos de idade e nunca parou, conseguirá a aposentadoria integral beirando os 70 anos de idade.

Como fica a aposentadoria proporcional?

A aposentadoria proporcional fica mais perversa também. Para consegui-la, você terá de ter 65 anos e ter contribuído, no mínimo, por 25 anos. Hoje o tempo mínimo de contribuição é de 15 anos.

E para quem está na chamada “transição”?

O governo pretende implantar uma regra de transição para homens com 50 anos de idade ou mais e para mulheres com 45 anos de idade ou mais. Eles serão obrigado a trabalhar o tempo que falta pela regra atual, mais 50%. Por exemplo: se faltam 10 anos, terão de trabalhar estes 10 anos, mas 5 anos da regra, totalizando 15 anos. Além disso, o cálculo do valor da aposentadoria será pelas novas regras, que trarão perdas enormes.

E a aposentadoria especial também será afetada?

Sim. Aposentadoria especial é aquela a que tem direito os trabalhadores expostos a atividades perigosas ou insalubres. Hoje, eles têm direito à aposentadoria integral com 15, 20 ou 25 anos de trabalho, dependendo do grau de risco. O objetivo é reduzir danos à saúde e à vida dos trabalhadores. Temer quer exterminar este direito e quer que os trabalhadores submetidos a essas condições contribuam por, no mínimo, 20 anos e só se aposentem aos 55 anos de idade. Isso vai aumentar o risco de doenças e acidentes fatais. Para completar a maldade, o cálculo da aposentadoria será de 51% do salário médio, mais 1% por ano de contribuição. Os trabalhadores serão duplamente penalizados: ficarão mais tempo expostos ao risco e não terão mais aposentadoria integral.

O que muda para os trabalhadores/as da Agricultura Familiar?

Acaba a condição de aposentadoria aos 60 anos para os homens e 55 anos para as mulheres, passando a valer a mesma regra dos/as trabalhadores/as da cidade, mesmo expostos ao sol e à chuva, trabalhando desde muito jovens, de domingo a domingo, sofrendo um desgaste enorme. Além disso, serão obrigados a contribuir não mais sobre o talão do produtor, mas individualmente ao INSS e somente poderão se aposentar aos 65 anos de idade, quando a saúde já estará debilitada. Muitos morrerão antes de se aposentar e toda a sua contribuição ficará para os cofres do governo.

Quem contribui para a Previdência e morre, pode deixar a pensão para os filhos e esposo ou esposa?

A perversidade do governo também liquida com as pensões por morte dos mais pobres. A reforma não permitirá mais acumular a pensão e aposentadoria. Será preciso escolher uma das duas e o valor poderá ser menor do que um salário mínimo. Ou seja, você pode ter contribuído a vida inteira e, quando vier a falecer, se sua companheira ou companheiro for aposentado, não poderá acumularos dois benefícios. Terá que optar por um dos dois. O restante ficará para o caixa do governo.

A pensão será integral?

Não. A pensão deverá ser de 50% da aposentadoria do trabalhador falecido, mais 10% por dependente. O cônjuge vivo conta como dependente, ou seja, sua pensão será de 60%. E, quando o filho ficar maior de idade, os 10% dele deixam de ser pagos. Por exemplo: se o trabalhador falecido deixou uma viúva e um filho, eles recebem 70% até esse filhos ficar maior de idade. Quando isso acontecer, a viúva perde os 10%.

O piso da aposentadoria e das pensões continuará sendo o salário mínimo?

Não. Atualmente, o valor pago não pode ser inferior a um salário mínimo. Com a reforma, o valor poderá sim ser inferior, porque o governo quer desvincular do salário mínimo as aposentadorias, as pensões e os Benefícios de Prestação Continuada, pagos aos idosos e pessoas com deficiência pobres.

E para quem já recebe estas pensões e benefícios, haverá mudanças?

Com certeza. Ao tirar o salário mínimo como piso das pensões e benefícios, os valores serão achatados. Ou seja, a cada ano sofrerão perdas significativas. Isso é só o começo, pois certamente as aposentadorias também estão na mira do governo.

As regras dessa reforma valem para todos os brasileiros?

Não. A reforma pretende manter os privilégios dos militares e dos parlamentares, que é quem vão votar as novas regras que vão valer para a classe trabalhadora. Os demais trabalhadores/as dos setores público e privado serão prejudicados.

Até mesmo professores/as serão atingidos?

Sim, pois acaba a aposentadoria especial dos professores da Educação Básica. Terão que continuar em sala de aula até os 65 anos de idade. O governo temer desconsidera a jornada desgastante que os/as trabalhadores/as em Educação cumprem dentro e fora da sala de aula.

 

Com essa reforma da Previdência, você tem duas opções: trabalhar até morrer ou morrer trabalhando.

Com essa reforma da Previdência, você tem tudo a perder.

Acompanhe de perto as manifestações dos deputados e senadores e cobre nas urnas àqueles que votaram contra o seu direito de aposentadoria.

Procure saber como votarão os deputados federais e senadores do RS.

 
Veja também
 
 
 
 
 
 
 
Redes Sociais
 
 
Folha Metalúrgica
 
Assista
 
Escute
Escolha o áudio abaixo...

 
Boletim Eletrônico
Receba em seu e-mail o boletim eletrônico e informes do Sindicato

Não quero mais participar
 
Veja Também
 
 
Serviços
  Benefícios para Associado
  Tesouraria
  Jurídico
  Homologação
  Saúde
  Catálogo de Convênios e Parcerias
O Sindicato
  Institucional
  História
  Diretoria
  Base do Sindicato
  Subsedes
  Aposentados
  Colônia de Férias
  Lazer
Convenções
  Metalurgia
  Reparação de Veículos
  Máquinas Agrícolas
  Siderurgia
Galerias
  Fotos
  Escute
  Notícias
  Opinião do Sindicato
  Folha Metalúrgica
  Publicações
CNM  FTM RS  CUT
 
STIMEPA - Sindicato dos Metalurgicos da Grande Porto Alegre
Av. do Forte, 77 - Cristo Redentor - CEP 91.360-000;
Telefone: (51) 3371.9000 - Porto Alegre - RS.
De segunda à sexta, das 8h às 17h.
 
Omega Tecnologia