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Metalúrgicos de Porto Alegre solidários com os metalúrgicos do ABC paulista Direção do sindicato declara solidariedade por meio de moção 12/01/2015 Moção de solidariedade aos trabalhadores metalúrgicos do ABC e repúdio contra as empresas que descumprem acordos coletivos O Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, com extensão de base em Alvorada, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Glorinha, Guaíba e Viamão, por meio desta moção, declara solidariedade a todos os trabalhadores e trabalhadoras do ABC, especialmente os 13 mil companheiros e companheiras da Volkswagen de São Bernardo do Campo, que estão em greve por tempo indeterminado contra as 800 demissões impostas pela empresa. Por outro lado, a entidade repudia a forma pela qual a Volks encaminhou tais demissões, usando o período das férias coletivas do final do ano para comunicar as dispensas e descumprindo o acordo que garantia os empregos até 2016, feito com base na política de desoneração fiscal do governo federal para elevar a produção no país, minimizando no Brasil os efeitos da grave crise da economia mundial. A solidariedade é extensiva aos trabalhadores/as da Mercedez-Benz, que também tiveram acordo de renovação do layoff descumprido e sofreram com 244 demissões nas últimas semanas. O Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre entende que nossa categoria em nível nacional não pode permitir que, após auferir lucros recordes com a expansão do mercado automobilístico no Brasil – inclusive com a ajuda do governo e da sociedade brasileira, por meio das isenções de impostos – a indústria automotiva ataque os trabalhadores com demissões. Para a nossa direção, há um nítido propósito patronal de chantagear o governo para obter novas vantagens econômicas e assim crescer, conquistar altos lucros, remetendo-os para suas matrizes no exterior, onde existe grave e profunda crise econômica, em vez de reinvestir aqui no Brasil, um país que, desde o governo do companheiro Lula, tem sido exemplo perante a crise mundial, mostrando desenvolvimento econômico e social, gerando empregos e se consolidando como uma das maiores economias do mundo. Não podemos aceitar que, encerrada a política de desoneração, a Volks e outras multinacionais mostrem essa total falta de compromisso com o Brasil e com os milhares de trabalhadores. Com os descumprimentos de acordos e as consequentes demissões, a intenção delas é, além de pressionar o governo para obter novas compensações, impor propostas de retirada de direitos trabalhistas e de cortes salariais para a manutenção dos empregos, e elevar ainda mais seus lucros com a exploração da classe trabalhadora metalúrgica. Não podemos aceitar essa chantagem articulada pelas montadoras contra o governo e contra os trabalhadores, que deram todas as condições para que a indústria automobilística brasileira se transformasse na 4ª maior do mundo e batesse recordes de produção até 2012. O Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre exige a retomada imediata das negociações, a suspensão das dispensas, a reintegração dos demitidos e o fim desta ofensiva patronal que impõe a flexibilização de salários, direitos e benefícios como alternativa de combate às demissões, até porque já existem vários mecanismos de precarização do trabalho institucionalizados no país, como o banco de horas, o contrato parcial e a terceirização. Porto Alegre, 12 de janeiro de 2015. Direção Executiva Veja também |