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Diretoria eleita do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre é empossada A cerimônia contou com a presença de representantes de entidades de classe e familiares da diretoria eleita. 12/04/2022 STIMEPA ![]() Eleita para a gestão 2022-2026 a nova direção assume com o compromisso de renovação, responsabilidade e luta. A diretoria eleita para a gestão 2022-2026 do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre tomou posse na noite de sábado, 9 de abril, na Colônia de Férias dos Metalúrgicos em Cidreira/RS. Em razão da pandemia, a cerimônia foi realizada de forma mista, contando com a presença de representantes de entidades de classe e familiares da direção eleita, sendo transmitida ao vivo através da página do facebook do STIMEPA. A cerimônia iniciou com enviados por representantes de sindicatos, coletivos, autoridades, educadores e funcionários que não puderam se fazer presentes no evento. Onde cada representante reafirmou a confiança e desejou uma boa gestão para a direção eleita.
Taíse Gonçalves, integrante do Conselho Fiscal do Sindicato dos Metalúrgicos e trabalhadora da TK elevadores, abriu a cerimônia falando de sua trajetória, que iniciou no Comitê Sindical de Empresa (CSE), das dificuldades que teve por estar em uma indústria preconceituosa que não valoriza o trabalho das mulheres. Também destacou os avanços que teve na luta sindical dentro da própria empresa, que hoje já conta com duas mulheres sindicalistas no chão de fábrica. “Estamos sob um governo extremamente machista e contra as mulheres em todos os setores da sociedade. Será uma luta difícil e diária, mas estamos prontas para trabalhar por um uma sociedade mais justa para todos.” - Taíse Gonçalves O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Loricardo Oliveira, relembrou as atividades e lutas que participou ao lado do presidente eleito, Adriano Filippetto e elogiou o trabalho das gestões anteriores do STIMEPA. Loricardo falou sobre o novo ensino médio e técnico (SISTEMA-S) de educação, destacando o trabalho da Escola Mesquita, que tem uma história de quase 60 anos formando trabalhadores que movem a riqueza do país dentro de uma indústria que além de não dar condições dignas de vida, discrimina negros, comunidade LGBTQIA+ e mulheres. Também frisou a importância da união dos sindicatos com as entidades e centrais de classe como Federação, Confederação dos Metalúrgicos e CUT, para unificar as pautas e fazer uma luta pensando no benefício de toda a sociedade. “A nossa pauta tem que ser um sonho, uma utopia coletiva. Sem sonho, não vai ter vitória, sem utopia, não vai ter esperança. Queremos dignidade inteira e não pela metade! Agora, precisamos, mais do que nunca, que nossa vitória seja coletiva.” – Loricardo Oliveira Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS, parabenizou e desejou uma excelente os diretores eleitos, destacou o trabalho da última gestão e falou sobre o momento atual da política brasileira, onde acredita que somente a unificação das lutas será capaz de combate a retirada de direitos pela maioria no poder que segue atuando de forma constante para vender o país e enfraquecer a indústria a serviço de interesses do capital privado e internacional. “Quem tem organização no local de trabalho não se submete aos poderes extremistas, nem ao banco ou aos desmandos do patrão. A gente disputa e conquista os corações e mentes dos nossos trabalhadores lá, no terreno fértil da escola, do chão da fábrica, da base que vai sustentar a luta.” - Amarildo Cenci
Chitolina fez um paralelo entre a reforma trabalhista e a falta de conscientização dos próprios trabalhadores, que muitas vezes, encorajados por discursos antissindicais e populistas, pensam fazer parte da parcela privilegiada da sociedade, quando na verdade estão sofrendo com as mesmas reformas que defendem. Alertou que apenas eleger um presidente com um projeto popular não será suficiente se não houver união entre as entidades e trabalhadores para eleger junto uma bancada política de projetos populares fortes. Filippetto, 40, é o presidente eleito mais jovem para liderar a entidade, no entanto, acredita que a força da entidade está justamente na troca de ideias e no aprendizado mútuo de uma geração com a outra. Citando Paulo Freire com a frase “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes.”, destacou o potencial de cada dirigente eleito para contribuir na luta dos trabalhadores e na importância da troca de ideias na renovação, um dos pilares de campanha da gestão eleita. O presidente agradeceu pela dedicação e desempenho da gestão do presidente João Massena na recuperação financeira e estrutural do sindicato após os ataques aos trabalhadores e sindicato durante o último governo, aos funcionários da entidade pelo empenho diário e também de seus familiares e amigos que o apoiaram incondicionalmente durante sua caminhada como dirigente. Filipetto encerrou o discurso convocando todos e todas para a construção de uma unidade sindical forte para recuperar o que foi arrancado dos trabalhadores nos últimos anos, se comprometendo a lutar de forma incansável por melhorias na qualidade de vida da categoria e de todo o Brasil.
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