A tarde da sexta, 20 de abril, entrou para a história dos metalúrgicos gaúchos. Foi empossado o CSE - Comitê Sindical de Empresa da Conservas Oderich, de Eldorado do Sul/RS, o primeiro da base do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre e, provavelmente, do Estado do Rio Grande do Sul. Composto pelos companheiros Geison Machado, Cláudia Olin e Diego Pereira, o CSE da Oderich foi eleito em chapa única, recebendo mais de 96% dos votos válidos da fábrica.

A solenidade de posse foi realizada na subsede do sindicato, em Guaíba, e contou com a presença de dirigentes sindicais, assessoras jurídicas do sindicato e dezenas de trabalhadores(as) da Oderich. Também estiveram presentes os dirigentes sindicais Loricardo de Oliveira, representando a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), e Flávio de Souza, o Flavião, presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos (FTM/CUT), que declararam empossados os componentes do CSE da Oderich. O Ministério Público do Trabalho também foi representado pelos auditores fiscais Jorge Lopes e Luiz Alfredo Scienza, que manifestou o seu apoio à iniciativa de trabalhadores e trabalhadoras elegerem CSEs nas empresas.

O presidente Lirio Segalla e o diretor sindical da Oderich, Rudinei Fernandes, falaram da importância do CSE dentro da fábrica e do compromisso assumido pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, a partir do XVI Congresso realizado no ano passado, de construir as condições legais e necessárias para formar e eleger comitês sindicais nas principais empresas das cidades que compõem a base da entidade (Alvorada, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Glorinha, Guaíba e Viamão).  

"Os CSEs vieram suprir uma necessidade da categoria de ter representações mais presentes nas empresas de médio e grande porte, especialmente onde o sindicato não possui dirigente sindical atuando no local de trabalho. Nosso sindicato possui 40 dirigentes sindicais, que são funcionários de apenas 29 das 2.475 empresas metalúrgicas cadastradas nas seis cidades que compõem a nossa base metalúrgica de mais de 34 mil trabalhadores e trabalhadoras. Entre estes dirigentes, apenas 12 estão liberados para atender as 2.446 fábricas que não possuem nenhuma representação sindical no local de trabalho. Portanto, é humanamente impossível fazermos um trabalho mais presente e qualificado de representação, num maior número possível de fábricas. Neste caso, os comitês sindicais vieram para somar, levar o sindicato para o local de trabalho, nos ajudar a negociar e solucionar os conflitos e problemas existentes principalmente nestas fábricas", resumiu o presidente do sindicato, Lirio Segalla. "A longo prazo, queremos implantar comitês sindicais em todas as empresas da categoria", revelou.

Após a solenidade de posse, o sindicato ofereceu um coquetel para os convidados presentes.

 Voltar