Milhares de pessoas de todo o mundo estão discutindo em Porto Alegre (RS) um caminho diferente para o planeta neste momento em que o capitalismo enfrenta uma grande crise e é urgente encontrar um modo de vida que respeite o ser humano e a natureza.

Com o tema “Crise capitalista, justiça social e ambiental”, o Fórum Social Temático terá mais de 900 atividades, entre palestras, oficinas, debates, seminários e apresentações artísticas.

O evento é realizado desde 2001 com o nome de Fórum Social Mundial e debate alternativas para um mundo mais igual, além de marcar posição como o encontro mais anti-neoliberal do planeta.

Suas atividades tiveram início na terça-feira, com a tradicional caminhada de milhares de pessoas pelas ruas de Porto Alegre, e terminam domingo, dia 29. São esperados mais de 50 mil participantes, entre eles a presidenta Dilma Rousseff e sete ministros de Estado.

Ela participará da mesa com os presidentes do Paraguai, Uruguai e Argentina e Brasil para tratar de políticas públicas de combate à pobreza.

Espaço de resistência ao neoliberalismo

“O Fórum Social Mundial foi organizado como reflexo das lutas de resistência ao neoliberalismo, que teve seu auge na década de 90”, lembrou o sociólogo Emir Sader. “Desde então constituiu-se no grande espaço que reunia a todos os que se opunham ao neoliberalismo”, completou.

A ideia era se contrapor ao Fórum Econômico Mundial de Davos, realizado também neste final de semana na Suíça com centenas de empresários e que, por ironia, também debate a crise do capitalismo.

"O Fórum Social Mundial nasceu em Porto Alegre para contestar a arrogância neoliberal do Fórum Econômico de Davos. Dissemos claramente que queríamos outro mundo. Agora, precisamos construir os caminhos, as alternativas", disse Candido Grzybowski, coordenador do encontro

Para saber mais sobre o Fórum Social Temático, acesse  http://www.fstematico2012.org.br/

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