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FTM-RS debate Dia Contra a Violência na Mulher 25/11/2011
O Coletivo de Mulheres da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (FTMRS) esteve reunido nesta quinta-feira, em Porto Alegre, para planejar ações direcionadas às mulheres, em especial as metalúrgicas, em razão do Dia Internacional Contra a Violência Contra a Mulher da América Latina, celebrado hoje.
A data foi declarada no primeiro encontro Feminista do continente, realizado em 1981, no qual mulheres se reuniram para falar da violência sofrida em todas as esferas da sociedade – abuso e assassinato dentro de casa, estupro, assédio sexual e violência contra as mulheres em geral, incluindo tortura e abusos sofridos pelos presos políticos. A escolha do dia 25 de novembro foi em razão do assassinato das irmãs Mirabal, três ativistas que morreram em 1960 nas mãos da polícia secreta na República Dominicana.
A violência de gênero, uma das principais causas de morte de mulheres em todo o mundo, não desaparecerá até que acabe com a discriminação que as mulheres sofrem na nossa sociedade. No Brasil, uma grande conquista foi a Lei Maria da Penha, que completa cinco anos em 2012. No entanto, a realidade ainda é muito perversa: são 42 mil assassinatos de mulheres em 10 anos e uma violência a cada 25 segundos.
As mulheres ainda não conseguiram implantar os mecanismos previstos na Lei Maria da Penha, que prevê políticas públicas protetivas e redes de atendimento integral. Persiste um alto índice de violência psicológica, seguido de violência física, econômica e sexual. É necessário encorajar o debate social e profundo do questionamento de todas as estruturas que reproduzem e mantêm esse padrão de discriminação contra as mulheres.
Hoje, dia 25 de novembro, as reivindicações das mulheres metalúrgicas e cutistas, em favor de toda a sociedade, são pontuais: |