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Estudo do Ipea aponta diminuição acelerada da pobreza no Brasil 08/10/2010 A pobreza no Brasil vem diminuindo em ritmo acelerado desde 2003 e essa queda acontece de maneira mais acentuada entre os mais pobres. É o que aponta estudo divulgado, na última terça-feira (5), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento dá continuidade à série de análises sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE). A análise considera três linhas de pobreza diferentes - com renda abaixo de meio salário mínimo, abaixo de R$ 100 mensais (corrigidos a partir da base de 2004, com a criação do Bolsa Família) e R$ 50 mensais (também corrigidos a partir de 2004). O índice daqueles com renda inferior ao equivalente a R$ 50 (de 2004) caiu de 10,3%, em 2001, para 4,8% em 2009 - uma redução de 53,4%. A proporção dos que ganham menos de R$ 100 (em 2004) caiu de 26,1%, em 2001, para 13,7%, em 2009, numa queda de 48%. Na faixa dos que ganham menos de meio salário mínimo, a proporção caiu de 45,4% em 2001 para 29,2% em 2009 - queda de 36%. "Isso é consequência de uma distribuição de renda cada vez mais igualitária", aponta o Ipea. Renda do trabalho O estudo aponta que a desigualdade no país continua caindo em 2009, mas em um ritmo um pouco menor que nos anos anteriores. Enquanto de 2005 a 2008 o Coeficiente de Gini (que mede a desigualdade) caiu em média 0,72 ponto ao ano, de 2008 a 2009 a queda foi de apenas 0,53 pontos (numa escala de zero a 100). O Coeficiente de Gini tem variação entre 0 (menos desigual) e 1 (mais desigual) e mede a relação entre a concentração de renda entre os mais ricos e os mais pobres. Essa diminuição do ritmo, no entanto, segundo o Ipea, foi devida à crise mundial e não é preocupante nem indica o início de uma tendência de menor redução da desigualdade. Entre 2008 e 2009, houve uma queda de 32% para 29,2% na proporção daqueles com renda inferior a meio salário mínimo, de 14,6% para 13,7% na proporção das pessoas com renda menor que o equivalente a R$ 100 em 2004 e de 4,9% para 4,8% na parcela com renda inferior a R$ 50 de 2004. |