O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, está confiante nas perspectivas de desenvolvimento econômico do Brasil nos próximos anos que deve estar calcado, principalmente, no avanço de investimentos de longo prazo. O banco estima o desembolso para a ampliação da formação bruta de capital fixo de 19% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano e de 19,7%, em 2011.

Segundo o BNDES, o percentual deve continuar avançando constantemente nos anos seguintes, até atingir 22,2% do PIB em 2014. Essa estimativa leva em consideração que o crescimento brasileiro oscilará entre 4,5% e 5%, no período.

Para o banco oficial, três vetores são importantes para a continuidade da expansão dos investimentos no País num horizonte de cinco anos: as obras de infraestrutura para o pré-sal, a realização da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada do Rio Janeiro, em 2016. "O Brasil tem cenário muito favorável e terá agenda nova de desenvolvimento do financiamento em longo prazo. O País tem muitos projetos que apresentam alta rentabilidade e baixo risco", disse.

Para ele, é preciso "pisar no acelerador" no processo de ampliação dos aportes de longo prazo no Brasil. "A agenda de ampliação dos investimentos de longo prazo requer aumento da participação do setor privado. A atuação do BNDES hoje é por um período transitório. Agigantar o BNDES não é algo sustentável", comentou, reforçando que é preciso ampliar condições de participação do sistema financeiro privado no funding de projetos de longo prazo.

A instituição estima que de 2010 a 2013 os investimentos industriais em todo País devem atingir R$ 1,324 trilhão, volume superior aos R$ 856 bilhões aplicados de 2005 a 2008. Apenas em projetos de infraestrutura, a projeção total é de R$ 311 bilhões até 2013. O setor que engloba a produção de petróleo e gás deve desembolsar R$ 340 bilhões neste período, sendo que boa parte está relacionado com obras do pré-sal.

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