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Setor de máquinas e equipamentos cresce 13,2% no semestre 04/08/2010 O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos cresceu 13,2% no primeiro semestre comparado com o dos primeiros seis meses de 2009, para R$ 33,9 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Abimaq na terça-feira, 27. Os pedidos em carteira apresentaram elevação ainda maior: 20,9%, ou 22,1 semanas em média para atendimento das encomendas. As fabricantes fecharam junho com 83,6% de uso de sua capacidade instalada, em um turno, ante 80,8% do mesmo mês do ano passado. O setor emprega 244,7 mil pessoas, 5,8% a mais do que um ano atrás. Apesar dos indicadores positivos o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, disse que o setor ainda não recuperou os indicadores pré-crise: "Precisamos recuperar mais postos de trabalho para chegar ao nível de outubro de 2008, quando havia mais de 250 mil carteiras assinadas". No primeiro semestre de 2008 a indústria de máquinas e equipamentos registrou faturamento 12,6% superior ao acumulado nos últimos seis meses. E as fábricas operavam com 86,8% de sua capacidade instalada: "O ano passado foi um ponto fora da curva, um dos piores resultados da indústria nos últimos trinta anos. A curva de crescimento também tende a decrescer, pois o segundo semestre de 2009 possui base maior graças ao começo do PSI, Programa de Sustentação do Investimento". Aubert acende o sinal amarelo para a balança comercial, com déficit cada vez maior. No primeiro semestre cresceu 20,2% e somou US$ 6,6 bilhões, mesmo com o crescimento de 6,5% das exportações, que somaram US$ 4 bilhões - no mesmo período as importações saltaram para US$ 10,6 bilhões, 14,6% acima do registrado um ano antes. "A participação das exportações no faturamento caiu para 22%, e em 2006 representava 35% do total. Uma parte pode ser creditada à crise e outra à perda de mercados externos por conta da nossa competitividade prejudicada." Quanto às importações Aubert contou que o ataque vem de todos os lados, em todos os segmentos - e não só no mercado brasileiro: "Os chineses estão fechando contratos na Argentina que poderiam ser ganhos por empresas brasileiras". A China, que há alguns anos nem figurava junto aos dez maiores exportadores de máquinas para o Brasil, fechou o semestre na terceira posição do ranking, atrás de Estados Unidos e Alemanha, com crescimento de 57,9% sobre igual período de 2009. Aubert garantiu que até o fim do ano a participação chinesa superará a da Alemanha, o maior produtor de máquinas e equipamentos do mundo. |