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CUT e centrais preparam assembleia sindical de 1º de junho
Dirigentes nacionais da CUT, Força, CGTB, CTB e NCST estiveram reunidos nesta segunda/feira para ult
03/03/2010


Dirigentes nacionais da CUT, Fora, CGTB, CTB e NCST estiveram reunidos nesta segunda/feira para ultimar os preparativos para a grande assembleia sindical de 1 de junho em So Paulo, organizar a mobilizao pela reduo da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem reduo de salrio e debater a 4 Jornada Nacional de Debates, coordenada pelo Dieese, de preparao das campanhas salariais de 2010. Em entrevista ao Portal do Mundo do Trabalho, o secretrio geral da CUT, Quintino Severo, faz um balano da reunio. Como est a preparao para o 1 de junho? O conjunto das centrais est comprometido com a realizao de um grande nome, onde vamos aprovar a pauta da classe trabalhadora a ser entregue aos candidatos e debatida com o conjunto da sociedade. O que est em jogo neste ano o projeto de pas, o modelo de desenvolvimento, a continuidade das mudanas com valorizao do trabalho e distribuio de renda. Pesquisas recentes demonstram a continuidade do esvaziamento do candidato do retrocesso e o crescimento da candidata do aprofundamento das mudanas. Qual a sua avaliao? Os trabalhadores comearam a identificar a diferena de projetos, esta a grande constatao destas pesquisas. Todos se lembram o que significou o projeto neoliberal para o pas e em especial para os trabalhadores, como repercutiu negativamente em suas vidas. A poltica de privatizao e desmonte do Estado implicou em arrocho salarial e precarizao, em regresso dos direitos sociais. Ao contrrio, de 2003 para c, temos um olhar de ateno s demandas sociais, de fortalecimento da economia interna, das estruturas pblicas, de um Estado indutor. As pessoas esto refletindo sobre as conseqncias dos dois projetos antagnicos implementados nestas duas dcadas. No podemos voltar ao passado, queremos seguir em frente, aprofundar e acelerar as mudanas em curso. Inmeras projees apontam para um crescimento da economia em torno de 5% em 2010. Isso pe gs na campanha pela reduo da jornada de trabalho sem reduo de salrio? Centrais se reuniram nesta segundaEvidentemente que os nmeros positivos ajudam, da mesma forma que o ltimo perodo de crise internacional atrapalhou. Com o crescimento econmico, a produo se fortalece, os salrios se elevam, o consumo aumenta, a roda da economia gira no chamado crculo virtuoso, que abre imensas possibilidades para a reduo da jornada. Isso no s porque a economia cresceu, mas porque houve enormes ganhos de produtividade nestas mais de duas dcadas, j que a ltima reduo da jornada de trabalho aconteceu na Constituio de 88. Como a situao est favorvel, o momento propcio para a aprovao da jornada constitucional de 40 horas semanais. Exemplos como o dos metalrgicos da Jama, de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, que assinaram acordo garantindo a jornada de 40 horas sem reduo de salrio podem vir a ser cada vez mais freqentes... Creio que esta uma tendncia, pois a experincia de Santa Rosa prova que possvel reduzir a jornada praticamente sem impacto nenhum. O acordo fechado entre os trabalhadores com a empresa vai esvaziando o discurso de que a diminuio da jornada representaria riscos para a competitividade. Na reunio das centrais o Dieese apresentou a proposta de realizar a 4 Jornada Nacional de Debates, que tambm ajudar na campanha pela reduo. A ideia potencializar as campanhas salariais de 2010, que como vimos tem boas condies de arrancar aumentos reais significativos, diante das perspectivas positivas da economia, mas tambm de priorizar o enfoque da reduo da jornada. Nossa compreenso que o crescimento da economia tem de repercutir numa melhor diviso do bolo e na melhoria das condies de vida e trabalho. * Fonte: CUT ** Foto: Augusto Coelho
 
 
 
 
 
 
 
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