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Choradeira Patronal Mesmo beneficiados por medidas governamentais, empresários vivem se queixando, principalmente às vésperas das negociações salariais 04/02/2013 Embora os governos Lula e Dilma tenham adotado ao longo dos últimos anos inúmeras medidas para proteger a indústria nacional, baratear o crédito e estimular os investimentos do setor privado, entre elas a recente queda de juros para investimentos de longo prazo, a manutenção do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para 2013, com recursos de R$ 100 bilhões do BNDES (dinheiro público) para financiar máquinas e equipamentos, peças e componentes, ônibus e caminhões e as exportações, sem contar outras iniciativas de desoneração fiscal, a classe patronal continua insatisfeita, se queixando da atual conjuntura econômica do país. É a velha choradeira que os patrões fazem principalmente nos meses que antecedem o início das negociações das campanhas salariais. Um exemplo é a recente opinião de um alto dirigente do Sinmetal, Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, publicada num importante jornal gaúcho. Segundo ele, as pequenas e médias empresas gaúchas estariam perdendo competitividade na disputa de mercado com concorrentes de outros Estados. Citou problemas relacionados à logística e ao preço alto do frete para os fabricantes e, lamentavelmente, o sistemático reajuste no salário mínimo regional em índices invariavelmente superiores aos da inflação. Ou seja, sobrou até para a classe trabalhadora que ganha os salários mais baixos do RS e para o atual governo do Estado, que está, aos poucos, recuperando o valor original do piso regional, que era 28% superior ao mínimo nacional quando foi criado pelo Governo Olívio (PT) em 2001 e que foi arrochado pelos governos Rigotto (PMDB) e Yeda (PSDB) entre 2003 e 2010. Menos mal que a classe trabalhadora pode contar com os estudos e as estatísticas elaboradas e divulgadas por institutos como o Dieese e a FEE, sem contar as informações e opiniões dos próprios empresários publicadas nos jornais, que desmentem os colegas chorões. O fim da demanda reprimida, a venda recorde de veículos e de máquinas agrícolas nos últimos meses, a compra de matérias-primas e maquinários para a produção, o consumo interno satisfatório, o bom ritmo de investimentos da indústria, a empregabilidade, entre outros indicadores, mostram que a situação não está tão ruim assim e que, com competência e trabalho, as empresas podem sim investir, produzir e lucrar satisfatoriamente. Por: Diretoria do Stimepa - Gestão 2013/2016
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