Debate discute nova indústria e desenvolvimento sustentável no RS

Pouco mais de um ano após a enchente, momento em que muitas empresas — e principalmente os trabalhadores — viram suas rendas devastadas, o debate sobre um crescimento que seja sustentável se torna praticamente a única saída.

Essa foi a proposta apresentada no 5º Grande Debate do Pacto RS 25, organizado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), realizado na manhã desta sexta-feira (26), no Palácio do Ministério Público, na Praça da Matriz, em Porto Alegre.

O evento teve como tema “A Nova Indústria Brasil e o Desenvolvimento Sustentável”, reunindo representantes do poder público, universidades, movimentos sociais e entidades sindicais para discutir caminhos de reconstrução e de crescimento econômico com responsabilidade social e ambiental.

Representando o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, participaram os dirigentes sindicais Adilson Tavares, Wilson Rodrigues, Helder Dias, Célio da Silveira, Marcelo Nascimento e Frederico Apprato.

Crise climática e a urgência da transição ecológica no RS

O debate no Palácio do Ministério Público foi marcado pelo reconhecimento da intensidade da crise climática no estado. O material de divulgação do evento destacou que os sucessivos desastres, como as enchentes de 2023 e 2024, são um sinal de que a crise “veio para ficar”.

A mensagem central é que o problema vai além da reconstrução imediata:

“Simplesmente reconstruir as estruturas que foram impactadas não é suficiente. A crise tem as suas causas em um modelo de desenvolvimento que vem causando desequilíbrios e aprofundando as vulnerabilidades sociais e ambientais em todo o planeta.”

Diante disso, a Assembleia Legislativa, por meio do Fórum Democrático, propõe a reconstrução do Rio Grande do Sul a partir de novos paradigmas.
A meta é construir uma economia mais sustentável do ponto de vista ambiental e mais equilibrada no aspecto social, territorial e econômico. O Fórum convoca a sociedade gaúcha a elaborar, em conjunto, diretrizes para a Transição Ecológica, buscando um futuro mais próspero e sustentável por meio da participação direta dos cidadãos.

Presenças de destaque no painel

O encontro reforçou a articulação entre diferentes esferas de poder na busca por soluções conjuntas. A mesa de debates foi composta por Luis Felipe Giesteira, Secretário Executivo Adjunto de Desenvolvimento, Indústria, Inovação, Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre outros participantes.

Durante sua fala, Milton Viário, representando a Central Única dos Trabalhadores, destacou que o processo de reindustrialização deve ser coletivo e democrático:

“Retomar a industrialização não será obra divina de nenhum indivíduo, partido político ou governante. Nós achamos que a reindustrialização tem que ser um projeto da sociedade.”

O foco no programa Nova Indústria Brasil (NIB), liderado pelo MDIC, indica o alinhamento do Rio Grande do Sul com a política industrial federal, que busca impulsionar o desenvolvimento nacional com metas de inovação e sustentabilidade até 2033.

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