Projeção é é que o Brasil seja o 3º em vendas de automóveis em 2015

O Brasil encerrou 2010 como quarto maior consumidor mundial de carros novos e, em cinco anos, deve subir mais um degrau e ocupar o terceiro lugar na lista, atrás da China e dos Estados Unidos. No ano que terminou, o País desbancou a Alemanha e em 2015 deve ultrapassar o Japão, segundo projeções da Roland Berger. A consultoria foi a primeira a prever, em março, a ascensão do mercado nacional confirmada em dezembro. Há quatro anos, o País era nono no ranking.

A China vendeu cerca de 18 milhões de veículos e os Estados Unidos, 11,6 milhões. O Japão contabiliza perto de 5 milhões de unidades e o Brasil, 3,5 milhões, o melhor resultado da história do setor.

Estudo feito pela Roland Berger indica que, daqui a cinco anos, os brasileiros vão consumir 5 milhões de carros novos, pouco acima dos 4,9 milhões previstos para os japoneses. Já nos EUA são esperadas vendas de 16,4 milhões de veículos e na China, de 19,4 milhões. O Brasil tem grande potencial para ser o terceiro maior mercado do mundo, constata Stephan Keese, diretor da Roland Berger para o mercado automotivo.

É importante para as matrizes verem que suas filiais estão crescendo por causa do mercado interno forte do Brasil, diz Keese. Ele só lamenta que o crescimento da produção poderia ser maior se as montadoras exportassem mais. Como produtor, o País mantém-se em sexto lugar no ranking mundial, com 3,6 milhões de veículos.

As montadoras brasileiras são menos competitivas por causa do câmbio valorizado frente ao dólar, elevados impostos, falta de infraestrutura e baixo nível de automatização. A produção de um carro no Brasil é 50% mais cara que na China, diz Keese.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta crescimento de 5% para as vendas este ano, ante 11,9% em 2010. A produção deverá crescer apenas 1,1%, para 3,68 milhões de unidades.

Para Fabio Silveira, da RC Consultores, a indústria automobilística brasileira tem luz verde para 2011, apesar das assombrações que a cercam, como o aumento dos juros para financiamento e das importações. Pelo seus cálculos, 20% dos novos veículos que serão vendidos no País este ano – cerca de 740 mil unidades – virão de fora. Em 2010, essa participação foi de 18,8%.

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