Dieese: cesta básica tem queda em 16 de 17 capitais

O preço da cesta de produtos básicos voltou a apresentar queda em agosto, de acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado nesta quarta-feira. Segundo o levantamento, o valor caiu em 16 de 17 capitais brasileiras, e apresentou alta apenas em Porto Alegre, com evolução de 1,36%.

Excluindo-se a cidade gaúcha, que ultrapassou São Paulo como local com cesta básica mais cara (R$ 240,91, contra os R$ 235,65 da cesta paulista, que ficou 1,56% mais barata), a tendência nas outras capitais foi de queda no valor da cesta básica, com destaque para Natal (-6,39%) e Recife (-6,28%), as duas maiores retrações registradas.

Se Porto Alegre e São Paulo tiveram os maiores preços da cesta básica, os menores valores foram os de Aracaju (variou -3,36% para R$ 174,96) e Fortaleza (ficou 1,23% mais barata, cotada a R$179,50). Florianópolis (-0,08%) e Goiânia (-0,49%) ficaram mais próximas da estabilidade.

No acumulado do ano, Goiânia registra a maior alta (12,08%) e Brasília mantém a maior baixa (-3,71%). Separando a cesta básica por itens, o preço do tomate, do arroz, do açúcar, do leite e do feijão caiu na maioria das capitais, enquanto a carne, o óleo de soja, o pão e a farinha de trigo subiram.

Mínimo necessário
De acordo com a pesquisa do Dieese, o salário mínimo necessário – valor para “suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência” – ficou em R$ 2.032,89, cifra 3,97 vezes maior que o salário mínimo real do brasileiro, de R$ 510,00.

Em agosto de 2009, o salário mínimo necessário foi calculado em R$ 2.005,07, valor 4,31 vezes o mínimo então em vigor, de R$ 465,00.

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