Os trabalhadores do ramo siderúrgico em Porto Alegre, representados principalmente pelos empregados da Usiminas, rejeitaram na manhã desta quinta-feira (12) a proposta apresentada pelos patrões para o novo acordo coletivo. A votação, conduzida durante assembleia na porta da fábrica, teve maioria contrária à proposta patronal.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, a empresa já havia recebido a pauta de reivindicações em março, mas não apresentou avanços significativos nas negociações. “A empresa já tinha conhecimento da nossa proposta desde março”, destacou Rockson Rodrigues, diretor do Sindicato e trabalhador da Usiminas.

Marcelo Nascimento, diretor de Saúde do Sindicato, enfatizou os impactos da escala 6×1 na vida dos trabalhadores: “Essa escala afeta diretamente a saúde e o convívio familiar. Não é possível falar em dignidade sem tempo para descanso e lazer”.

A proposta patronal foi apresentada aos trabalhadores por Adilson Tavares, secretário-geral do Sindicato e também empregado da Usiminas. Ele conduziu a votação e reforçou a importância da decisão coletiva: “Quem decide é a base. A autonomia dos trabalhadores é um princípio que respeitamos”.

Para Adriano Filippetto, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, a unidade da categoria será decisiva neste momento. “A rejeição da proposta demonstra força e disposição para lutar. Precisamos seguir firmes e unidos para conquistar avanços reais”, afirmou.

Com a rejeição da proposta, o Sindicato deve intensificar a mobilização e buscar a reabertura das negociações com a empresa, mantendo o compromisso de defender os interesses dos trabalhadores da siderurgia.

Luiza Alves – Comunicação STIMEPA