Entre os dias 24 e 28 de agosto, a cidade de Fortaleza (CE) vai receber o II Encontro Nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM). O evento reunirá mais de dois mil militantes de todas as regiões do país para fortalecer a resistência contra o modelo mineral predatório que avança sobre os territórios, colocando em risco a soberania alimentar, os recursos hídricos, a saúde coletiva e os modos de vida tradicionais.

Na última semana, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre recebeu Davison Soares (MAM/RS) e Iara Reis (dirigente nacional do MAM/RS), em um importante momento de diálogo sobre os impactos da mineração no estado e no Brasil. A conversa reafirmou a necessidade de que a classe trabalhadora esteja atenta a esse debate, pois a mineração está diretamente ligada ao mundo do trabalho, à exploração das riquezas nacionais e ao futuro das próximas gerações.
Atualmente, o Rio Grande do Sul enfrenta a ameaça de mais de 150 projetos minerários em processo de licenciamento, muitos deles em áreas de produção agrícola, reservas hídricas e comunidades tradicionais. Esse modelo, baseado na pilhagem e na concentração de renda, já deixou marcas profundas em várias regiões do Brasil, com contaminação do solo, da água e do ar, precarização das relações de trabalho e violação de direitos fundamentais.
O Sindicato reafirma seu compromisso de apoiar as lutas populares em defesa da vida e dos territórios, reconhecendo no MAM um aliado estratégico na construção de um novo projeto de país, no qual a soberania popular esteja acima dos interesses das grandes mineradoras. Assim como o MAM, entendemos que não há democracia plena nem justiça social em um modelo econômico que sacrifica trabalhadores, povos originários, comunidades quilombolas, populações camponesas e urbanas em nome da ganância mineral.