Marcha da Classe Trabalhadora reuniu milhares de trabalhadores em Brasília; Pauta dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho foi entregue ao presidente Lula
Nesta terça-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, em Brasília, as centrais sindicais brasileiras que participaram da Marcha da Classe Trabalhadora. O evento marcou a entrega da “Pauta da Classe Trabalhadora: Prioridades para 2025 – Por um Brasil mais justo, solidário, democrático, soberano e sustentável”, documento que reúne as reivindicações prioritárias dos trabalhadores brasileiros para o próximo período.


Com a presença de dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, a marcha teve um caráter combativo e unitário. O sindicato participou da mobilização, reforçando o compromisso da entidade com a defesa dos direitos da categoria metalúrgica e da classe trabalhadora como um todo.
Entre os principais pontos da pauta entregue ao presidente Lula, destacam-se: a redução da jornada de trabalho sem redução salarial; o fim da escala 6×1, que afeta diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores da indústria; a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil; a taxação dos super-ricos; a retomada da valorização do salário mínimo e das aposentadorias; além do fortalecimento das negociações coletivas e combate às práticas antissindicais.

A marcha também evidenciou o protagonismo das mulheres trabalhadoras, especialmente na luta pela redução da jornada de trabalho, pauta fundamental para enfrentar a sobrecarga feminina. A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional, Amanda Corcino, destacou que a mudança beneficiará especialmente as mulheres, que acumulam jornadas duplas e triplas.
Além disso, o evento marcou o lançamento de uma campanha nacional por um plebiscito popular, em que a população poderá opinar sobre três temas centrais: a redução da jornada sem redução de salário, o fim da escala 6×1 e a justiça tributária.

Durante os discursos, lideranças sindicais, como o presidente nacional da CUT, Sergio Nobre, lembraram que os direitos trabalhistas não foram dados, mas conquistados com muita luta. Ele reforçou que é necessário manter a mobilização para impedir retrocessos e avançar nas conquistas. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre reafirma seu compromisso com a defesa de uma pauta que representa os interesses reais da classe trabalhadora.
Escrito por Luiza Alves
Fotos: Fernando Cadiguni, CUT e Ricardo Stuckert


