Presidente e diretora do Sindicato estão entre os eleitos da nova direção da CNM/CUT

Os dirigentes metalúrgicos de todo o país elegeram por unanimidade na terça-feira, dia 9, a direção Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) durante o 11º Congresso da entidade

Presidente e diretora do Sindicato estão entre os eleitos da nova direção da CNM/CUT
Os dirigentes metalúrgicos de todo o país elegeram por unanimidade na terça-feira, dia 9, a direção Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) durante o 11º Congresso da entidade “Reconstruir o Brasil de forma sustentável e humanizada com trabalho decente, soberania, renda e direitos”, que começou dia 9, em Guarulhos.


No discurso de posse, o novo presidente eleito, Loricardo de Oliveira, destacou a campanha que a CNM/CUT afirmou que a eleição do presidente Lula é o momento propício para a classe trabalhadora colocar sua pauta na agenda de governo e fazer parte do processo de reindustrialização do país.
“Nós, da classe trabalhadora, temos rumo, que é o plano Indústria 10+. Queremos de volta o desenvolvimento ao país, mas com renda e trabalho decente. Queremos ver a indústria se desenvolver sem competição entre os estados, mas colocando todos em condições de igualdade, com empregos para todos e todas nesse país”, pontuou.


Loricardo também salientou a importância de ter mais jovens e mulheres na composição da nova diretoria da entidade. Ele enxerga como desafios futuros a busca pelo contrato coletivo nacional e melhorar a organização no local de trabalho.

Metalúrgicos de Porto Alegre fazem parte da nova gestão

Adriano Filippetto, trabalhador da GKN e atualmente Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, foi eleito para o cargo de Diretor Pleno da CNM/CUT Filippetto agradeceu a confiança dos metalúrgicos e garantiu que os direitos e bem estar dos trabalhadores e trabalhadoras da categoria serão as pautas principais durante a gestão.


A trabalhadora da metalúrgica da RALP, diretora do sindicato e integrante do Coletivo de Mulheres, Catiana Nunes, também foi eleita como diretora plena. Catiana agradeceu o apoio da categoria para a sua eleição e destacou que se trabalho será voltado para o direito das mulheres metalúrgicas dentro das fábricas

Responsabilidade social

O agora ex-presidente, Paulo Cayres, conduziu a assembleia de votação que referendou a chapa eleita. Em seu discurso de despedida do cargo, ele relembrou o último Congresso, realizado em 2019, quando a pauta da categoria era a defesa de Lula Livre e comparou a conjuntura atual, onde, depois de muita luta do movimento sindical e social, Lula pode ser solto e reeleito pela terceira vez presidente da República.


Em um discurso enfático, Paulão conclamou os sindicalistas a irem além da defesa da pauta trabalhista e se engajarem também na luta por justiça social e direitos humanos. “Esse espaço aqui não pode ser contaminado pelo racismo, fascismo, feminicídio e homofobia”, alertou o dirigente.


Ele recordou o recente caso de racismo ocorrido dentro de loja do grupo Carrefour, na Bahia, como mazela a ser combatida dentro da sociedade e disse que o movimento sindical precisa assumir sua responsabilidade de luta nesses momentos, pois é seu papel como integrante do campo de esquerda.


Representatividade e desafios

Sindicalistas de diversos ramos e entidades do Brasil e exterior, integrantes de movimentos sociais e políticos estiveram na mesa de abertura do 11º Congresso da CNM/CUT saudando a antiga e nova diretoria da entidade e fortalecendo laços de solidariedade de classe. A abertura do evento começou com execução do hino nacional e, na sequência, com um show de rap.


Uma mística em homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras no chão de fábrica e a todas as entidades em que a CNM/CUT faz parte.
O presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, fez a defesa da chapa eleita e agradeceu em nome da central a luta que os metalúrgicos fizeram na defesa dos trabalhadores nos últimos anos. Ele também elogiou a iniciativa da campanha pela queda de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central.


Ele também destacou a importância da CNM/CUT para a reindustrialização do país. “A reindustrialização é fundamental para o desenvolvimento do país com geração de emprego e renda e esta confederação está à frente desta luta. A nova direção tem uma responsabilidade muito grande com o país e com a classe trabalhadora”, destacou.


Silvana Kaproski, bancária e presidenta do PT de Guarulhos, cidade onde o Congresso é realizado, falou da importância do movimento sindical na luta dos últimos anos desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e disse que os sindicalistas precisam ter orgulho da resistência demonstrada durante esses últimos anos, pois eles nunca abaixaram a cabeça, e que a eleição de Lula mostra que a classe trabalhadora está cada vez mais viva e atuante.


Também estiveram na mesa de abertura: Del Vecchio Matheus, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Liciane Andreoli, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); Geralcino Teixeira, presidente da Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT (CNQ); Claudio Gomes, presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira da CUT (Conticom-CUT); Mônica Veloso, vice-presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical (CNTM); Kemal Ozkan, secretário-geral adjunto da IndustriALL Global Union; Vagner Freitas, presidente do Sesi; e Teonílio Monteiro da Costa (Barba), metalúrgico e deputado estadual (PT-SP).

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