ONU promove debate para tentar conter a desertificação mundial que atinge 1 bilhão de pessoas

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou hoje (16), em Fortaleza, a Campanha da Década dos Desertos e da Desertificação. O objetivo é atrair a atenção e a sensibilidade das autoridades e da população em defesa de medidas de proteção e gestão adequada das regiões atingidas pela seca. A degradação da terra ameaça a subsistência de mais de 1 bilhão de pessoas em cerca de 100 países. As informações são das Nações Unidas.

Os principais problemas são causados pela degradação contínua do solo devido às mudanças climáticas, à exploração agrícola desenfreada e à má gestão dos recursos hídricos.

De acordo com especialistas, este conjunto de dificuldades provoca ameaça para a segurança alimentar e pode levar à fome das comunidades afetadas, além de gerar a degradação de solo produtivo. No início desta década, houve um apelo das Nações Unidas para que os países intensificassem os esforços para cuidar desse recurso.

Dados do Programa de Meio Ambiente da ONU (Pnuma) apontam que um terço da população mundial vive em regiões atingidas pelos desertos, o que na prática provoca ameaças econômicas e ambientais. A desertificação abrange mais de 3,5 milhões de hectares, que representam 25% do mundo.

O especialista para América Latina e Caribe na convenção da ONU, Helio Matallo, afirmou que quase todos os países da região sofrem em decorrência da desertificação. “Na América Latina, 80 milhões de pessoas vivem em regiões áridas e semi-áridas. Esta população sofre com os problemas da degradação dos recursos naturais nestas áreas”, disse ele.

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