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Sindicatos conseguem aumentos reais em 85% das negociações salariais no primeiro semestre Estudo do Dieese mostrou que as regiões Sul e Centro-Oeste tiveram o maior número de unidades de negociação com aumentos acima da inflação 23/08/2013 Cerca de 85% das 328 unidades de negociação analisadas no primeiro semestre deste ano pelo Sistema de Acompanhamento de Salários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) conquistaram aumentos reais para os salários negociados. De acordo com dados divulgados ontem (22) pelo Dieese, o percentual é inferior ao do ano passado (96,3%) e ao de 2010 (87,2%), mas muito semelhante ao de 2011 (84,4%). Na análise por setores, o comércio foi o que teve maior percentual de sucesso, com 98% das 45 unidades com ganhos reais para os salários. Na indústria, o percentual de reajustes acima da inflação ficou em 85% das 142 negociações feitas. No setor de serviços, houve aumento real em 79% das 141 negociações. Houve reajustes iguais à inflação em 11% das negociações no setor de serviços, 5% na indústria e nenhum no comércio. Abaixo da inflação ficaram 10% das unidades industriais, 9% em serviços, 2% do comércio. Os dados mostram ainda que, no setor varejista e atacadista do comércio, houve aumento real de 1,22% neste ano e, em 2012, de 2,01%. Na indústria, o aumento deste ano também ficou em 1,22%, abaixo do de 2012 (2,32%). Em serviços, houve aumento real médio de 1,12% este ano, ante os 2,27% de 2012. De acordo com o estudo, as regiões onde se observou maior número de unidades de negociação com aumentos acima da inflação, foram o Sul e o Centro-Oeste, com 91% em cada uma. Em seguida, ficaram as regiões Sudeste e Nordeste, com aumentos de 82% e 80%. No Nordeste, os reajustes que ficaram abaixo da inflação chegaram a 16%. Os menores percentuais de reajustes com aumento real chegaram a 76% na Região Norte. O coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre, disse que, no segundo semestre, as negociações devem ser influenciadas pela inflação acumulada nas datas-base do período, que deve ser menor do que a registrada no primeiro semestre. “O quadro está mais definido sobre o que vai ser o crescimento da economia em 2013, e o resultado das negociações deve ser melhor no segundo semestre. Acredito que não vamos fugir muito do que aparece nesse estudo, mesmo que haja uma pequena melhora.”
Fonte: Agência Brasil Veja também |