O Sindicato dos Metalúrgicos promoveu na noite de ontem, 18 de junho, uma assembleia no portão da Usiminas, em Porto Alegre, para relatar informações sobre a Campanha Salarial e sobre a conquista salarial dos companheiros da Usiminas de Cubatão/SP. A mobilização iniciou às 20h30min e foi encerrada por volta das 21h40min, causando um pequeno atraso na pegada. Durante a assembleia, os dirigentes sindicais João Carlos Moraes, João Massena e Alfredo Gonçalves se revezaram nas abordagens.
Num primeiro momento, o dirigente sindical João Carlos fez uma pequena análise da conjuntura, especialmente quanto às mobilizações nacionais que, em todo o país, está mobilizando milhares de pessoas, dizendo que elas servem de exemplo para todos, pois sem luta não se conquista nada. Denunciou que quando visitou o Congresso Nacional percebeu que em 80% dos gabinetes viu cartazes em apoio à redução da jornada para 40 horas semanais. “Se tem todo este apoio, por que não votaram?”, questionou, concluindo que é preciso a classe trabalhadora se mobilizar e cobrar dos deputados e senadores.
Em seguida, o dirigente sindical Massena falou das eleições da Cipa, momento em que é muito importante votar em companheiros realmente comprometidos com a luta e para diminuir os casos de acidentes e doenças na fábrica. Também falou do acordo fechado com os companheiros de São Paulo. O assunto foi posteriormente abordado pelo diretor Alfredo, que defendeu a conquista do abono de R$ 1.550,00 conquistado pelos trabalhadores em São Paulo para os trabalhadores daqui. Com relação à campanha salarial, o dirigente relatou que, depois de várias reuniões de negociação, pouco se avançou. Os patrões ofereceram 7,5% de reajuste, que mal repõe a inflação e 0% para o piso. Quando às cláusulas sociais (que tratam dos benefícios e avanços nos direitos trabalhistas), informaram que o sindicato patronal disse um sonoro NÃO! a praticamente todas as reivindicações. Alfredo denunciou que algumas empresas estariam trancando o processo de negociação, jogando para baixo nossa pedida salarial. Revelou também que as reuniões de negociação estão se esgotando e se não houver avanços até a assembleia geral do dia 27 de junho, vai ser decretada greve. Neste caso, os trabalhadores da Usiminas estariam convocados para parar e ajudar o sindicato nesta luta.

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