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Greve paralisa 50 fábricas e 80% dos metalúrgicos no ABC Categoria reivindica reajuste de 8%, sendo 2,59% de aumento real e a reposição das perdas inflacionárias do ano 12/09/2012 A greve de alerta dos metalúrgicos do ABC teve a adesão de 80% dos 70 mil trabalhadores da base que estão em campanha poraumento salarial. As 50 maiores fábricas da categoria não produziram nesta segunda-feira (10) em nenhum dos turnos. A paralisação atingiu o objetivo de pressionar as empresas a exigirem de seus grupos patronais que apresentem proposta, segundo balanço da direção do Sindicato dos Metalúrgicos.Os metalúrgicos reivindicam 2,59% de aumento real mais o INPC do período (total de 8%), índice similar ao conquistado pelos trabalhadores nas montadoras do ABC na campanha de 2011 e que valepor dois anos (até 2013). A paralisação não atinge essas montadoras. Amanhã (11), param os metalúrgicos de Taubaté, Salto e Cajamar e na quarta-feira (12), os de Sorocaba, pois a campanha salarial (e pauta de reivindicações) é unificada pela FEM-CUT (Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo) Até a semana passada, os grupos patronais ofereceram apenas a inflaçãodo período e nada de aumento real, proposta que foi recusada pelo Sindicatona mesa de negociações e também em assembleias de trabalhadores. A greve de um dia foi decidia pela categoria em assembleia realizada nanoite de quinta-feira(5). A expectativa do vice-presidente do Sindicatodos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, é que a partir de quarta-feira (12) sejam retomadas as negociações e as bancadas patronais apresentem proposta que poderá ser votada pelos trabalhadores em assembleia no final da semana. O dirigente relata que as empresas estão procurando o Sindicato e que já teve fábrica que ofereceu o índice reivindicado para evitarparalisação, mas não há negociação em separado. “Por isso, orientamos as empresas a procurar seus grupos patronais”, disse. “Durante a negociação acompanhamos a economia e constatamos que já há uma retomada em vários setores, como carros e comércioe que negociamos em um ambiente de melhoria econômica. Nesse contexto, consideramos que é possível chegar a um índice igual ao conquistado para os trabalhadores nas montadoras em 2011”, disse Rafael Por dentro da campanha dos metalúrgicos Na campanha salarial dos Metalúrgicos, a negociação é feita por grupos patronais, que são os seguintes: Montadoras, Grupo 2, Grupo 3, Grupo 8, Grupo 10, Fundição e Estamparia. A data-base é 1° de setembro e a campanha é unificada - a FEM-CUT (Federação dos Metalúrgicos de SP da CUT) negocia em nome de 14 sindicatos da categoria filiados à CUT, num total de 249 mil trabalhadores. Este ano não há negociação salarial para o grupo das montadoras, porque o Sindicato negociou as cláusulas econômicas (aumento salarial) com validade para dois anos, ou seja, o reajuste salarial e aumento real já foram definidos na campanha passada para 2011 e 2012. Uma grande conquista da categoria Na Campanha de 2011,a categoria conquistou 10% de aumento salarial, ou seja, 7,39% do INPC do período mais 2,44% de aumento real. Índice igual para todos os metalúrgicos da base. Nas montadorasficou assim em 2011: total de 10%, sendo 7,26% da recomposição da inflação (INPC) do período (estimativa), mais 2,55% de aumento real, mais abono de R$ 2,5 mil. Para 2012, o reajuste será composto pela inflação do período + a diferença dos 5%, que é 2,39%. O abono de R$ 2.500,00 também será reajustado pelo INPC do período mais o aumento real.
Fonte: CUT Veja também |