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Dirigentes metalúrgicos debatem estratégia da campanha salarial A estratégia da campanha salarial 2024/2025 foi o principal ponto de pauta da atividade que lotou o auditório da FETAR-RS 01/03/2024 "A nossa campanha salarial terá muita mobilização e isso nasce da estratégia que debatemos aqui", declarou o presidente da FTM-RS, Lírio Segalla ao iniciar o encontro. Ao abordar a construção de uma campanha salarial unificada com os trabalhadores do ramo da alimentação e construção civil, que integram o Macrossetor da CUT-RS, Lírio ressaltou a organicidade do ramo metalúrgico. O dirigente defendeu, ainda, que é necessário ter uma radiografia do setor e deu como exemplo a situação das máquinas agrícolas, que tem diversas empresas em lay-off. "Essa medida é mesmo necessária? Tem máquinas estrangeiras entrando no mercado?", questionou. "Por isso, esse ano, o desafio é envolver o maior número de pessoas. Precisamos estar unidos e muito mobilizados para enfrentar a agenda pesada dos patrões." O assessor jurídico da Federação, Lauro Magnago recordou que muitas vezes as campanhas salariais lutam “apenas” para não ter retirada de direitos. "São muitos os empecilhos criados pela patronal. E vamos enfrentar uma campanha salarial em meio ao um país que está se reestruturando", ponderou o advogado do escritório Woida, Magnago, Skrebsky, Colla & Advogados Associados. Ele também lembrou que, em anos anteriores, o movimento sindical não conseguiu incluir os trabalhadores na discussão política. "São debates importantes e talvez até mais que o econômico, pois muitas vezes o índice da inflação engana os trabalhadores. Uma inflação alta, por exemplo, acumula muitas perdas e a base não se dá conta disso”, ponderou. As advogadas Fernanda Livi e Juliane Durão, também da assessoria jurídica, acompanharam a reunião. Mulheres - a construção e a importância do Coletivo de Mulheres Gabi foram abordados pela vice-presidente da FTM-RS, Eliane Morfan, que enumerou as principais pautas das trabalhadoras para as negociações. "Temos inúmeros desafios na sociedade e não chão de fábrica e o nosso Coletivo fortalece os sindicatos, ao dar condições das mulheres se inserirem nas entidades e nestes debates", afirmou ela. Representatividade - na abertura da atividade, o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira falou da importância de o governo considerara as demandas dos trabalhadores e destacou as articulações com o governo federal, principalmente na retomada da indústria naval. "Precisamos de todos para discutir esse tema e não corrermos o risco de termos uma política industrial que não nos representa. Temos a oportunidade de fazer a nossa pauta girar e é importante usarmos a campanha salarial que tem debates importantes, como o do piso salarial e a redução da jornada para 40 horas, para isso também", disse ele. O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci falou das dificuldades das negociações nos mais diversos setores e garantiu que “temos presente que não haverá reconstrução do país sem a participação da classe trabalhadora." Entre os eixos políticos que estão norteando as ações da Central, como a democracia, reforma tributária, aposentados, valorização do setor público, Amarildo destacou o trabalho decente, que engloba a discussão do desenvolvimento industrial, salário digno e valorização dos sindicatos. Encaminhamentos De acordo com Milton, a Federação vai se guiar pela estratégia da CUT-RS na ação unificada com o Macrossetor e nas demais agendas. Encontros nas regionais, com dirigentes e trabalhadores da base, elaboração de material, fortalecimento da comunicação e muita mobilização estão previstos para o próximo período. No dia 21 de março será realizada a plenária estadual da FTM-RS, no auditório da CUT-RS. Fonte: FTM-RS Veja também |