O presidente da FTM-RS, Lírio Segalla, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Panambi, Jorge Martins e o economista e diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ricardo Franzoi conversaram com metalúrgicos de todas as regiões do estado, preparando a base para as negociações. Ainda nesta semana, será realizada uma rodada de negociação das Máquinas Agrícolas e na próxima semana, da Metalurgia.

Neste ano atípico, a negociação do reajuste salarial para a categoria acontecerá em novembro. Devido à pandemia do coronavírus, a FTM-RS optou por renovar as cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho. Com isso, garantiu os direitos da categoria até abril de 2021 e por entender que em abril vivíamos um momento de inúmeras incertezas, jogou a negociação das cláusulas econômicas para novembro.

Franzoi trouxe dados que mostraram as perdas que os trabalhadores tiveram com as medidas de redução de jornada e salário e, de suspensão de contrato. O economista também abordou os benefícios que foram concedidos para as empresas enfrentarem a crise econômica gerada pela pandemia.

Os sindicalistas, Lírio e Jorge, ressaltaram que os trabalhadores pagaram a conta da crise e aceitaram colaborar com as empresas que adotaram essas medidas. Por isso, a mobilização de todos é muito importante, os empresários precisam saber que os trabalhadores tem a consciência de que fizeram a sua parte durante o período mais crítico da pandemia e que agora é o momento de recuperar as perdas que tiveram.

“Na maioria das empresas de máquinas agrícolas não ouve prejuízos, bem pelo contrário, a produção seguiu em alta. As empresas só readequaram os espaços, distribuíram os kits de higiene de acordo com os protocolos de saúde”, contou Jorge.

Lírio ressaltou que o cenário das máquinas agrícolas reflete a situação de algumas empresas de metalurgia. “Os trabalhadores devem ficar atentos para não cair na conversa dos patrões. Até porque o que estamos discutindo nesta campanha salarial é a inflação do ano passado”, enfatizou o presidente da FTM-RS.

No final da live, Franzoi chamou a atenção para uma das maiores lições que a pandemia trouxe. De acordo com o economista, nas negociações salariais, os empresários sempre argumentam que quem faz o trabalho são as máquinas. “E essa pandemia, com as restrições que impôs, onde algumas empresas tiveram que dispensar os trabalhadores por poucos dias mostrou a importância da classe trabalha. Não são as máquinas as responsáveis pela produção e sim, as pessoas, os trabalhadores”.

A mediação foi feita pelo secretário de Finanças da Federação, Milton Viário. Essa foi a segunda live da FTM-RS, a primeira foi no lançamento da campanha salarial, que aconteceu no mês passada. A atividade foi transmitida pela página da FTM-RS no facebook e compartilhada por diversos sindicatos filiados. Na próxima semana, está prevista mais uma live com as informações da campanha salarial.

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Fonte: FTM-RS

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