Conjuntura adversa
Atual cenário político e econômico vão trazer enormes desafios e dificuldades para as categorias conquistarem avanços
03/05/2016
Tanto na assembleia geral do dia 19 quanto na plenária estadual dos metalúrgicos, no dia 27, dirigentes sindicais, assessorias e convidados foram unânimes em afirmar que o atual cenário político e econômico vão trazer enormes desafios e dificuldades para as categorias conquistarem avanços nos salários, benefícios e direitos por meio das convenções coletivas.
Essa realidade ficou bem clara na exposição da economista Cristina Viecele, do Dieese, entidade parceira dos sindicatos em pesquisas e análises do cenário econômico. Cedenir Oliveira, coordenador da Via Campesina no RS, falou sobre o cenário político atual, com a iminente possibilidade de um golpe na democracia brasileira a partir do impedimento da presidenta Dilma Rousseff. Para ele, vivemos um momento importante na vida política com uma clara disputa estabelecida entre classes, onde os trabalhadores precisam se questionar sobre como se posicionarão daqui pra frente. Já o presidente da Federação, Jairo Carneiro, relembrou o papel importante dos sindicatos na defesa da democracia, que é uma vitória da sociedade, às custas da tortura e morte de muitos companheiros durante o período da ditadura. "Temos um papel fundamental na luta para que o golpe e o retrocesso não aconteçam. Temos que ir para as fábricas e alertar os trabalhadores", enfatizou. Por fim, o presidente do nosso sindicato, Lírio Segalla, alertou para a possibilidade de uma “tsunami” nos direitos trabalhistas, caso Michel Temer assuma a presidência do Brasil e adote como base do governo as ideias contidas no documento chamado “Uma Ponte Para o Futuro” que, na verdade, contém inúmeros retrocessos para o povo e para a classe trabalhadora brasileira.
A conjuntura política e econômica nos impõe duas grandes e difíceis lutas: lutar por reajuste de salários e manutenção das conquistas na campanha salarial e lutar para que a democracia prevaleça e que direitos sociais e trabalhistas não sejam atropelados pelo “tsunami” anunciado, caso mude o comando do governo. Nos dois casos é de fundamental importância que a categoria esteja ciente e faça sua parte, que é lutar junto com o sindicato para que as perdas não aconteçam ou sejam as menores possíveis.
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