Sindicato celebra 85 anos reivindicando respeito à democracia
Celebração de aniversário acabou virando um ato político contra o pedido de impeachment da presidenta Dilma
18/04/2016
O Sindicato dos Metalúrgicos acaba de completar 85 anos de lutas e conquistas. Para marcar a data, a direção da entidade promoveu na noite do sábado, 16 de abril, uma celebração reunindo dirigentes sindicais, funcionários, associados e convidados, entre os quais representantes da CUT – Central Única dos Trabalhadores, CNM/CUT – Confederação Nacional dos Metalúrgicos, FTM/CUT – Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos, Amapoa – Associação dos Metalúrgicos Aposentados de Porto Alegre, o escritório jurídico Woida Magnago Skrebsky Colla e Advogados Associados, entre outras entidades. Também estiveram presentes importantes personagens que marcaram a história do Sindicato, como o ex-governador Olívio Dutra e os cinco ex-dirigentes homenageados, para os quais foram entregues placas de agradecimento: Adão Lacerda, Ademir Bueno, Fátima Viana, José Machado Alves e Pedro Henrique Correa Filho.
A celebração de aniversário acabou virando um ato político contra o pedido de impeachment da presidenta Dilma, uma vez que houve consenso em classificá-lo como ato golpista contra a democracia.
“Por trás do possível e injusto impedimento de Dilma – porque contra ela não há concretamente nenhum crime de corrupção, apenas um suposto ‘crime de responsabilidade’ que não se sustenta – está a tentativa de afastar o governo petista e enfraquecer a esquerda brasileira, que é quem de fato defende os direitos da classe trabalhadora no Congresso Nacional”, disse Lirio Segalla, presidente do Sindicato.
Para Segalla, os conservadores deste parlamento querem trânsito livre para passar sem o veto presidencial os 55 projetos patronais que, se aprovados, vão retirar ou flexibilizar direitos trabalhistas e sociais. Também para impor os projetos constantes no documento chamado “Uma Ponte para o Futuro”, onde os patrões reivindicam o fim da obrigatoriedade dos gastos fixos em educação e saúde públicas e reformas nas leis trabalhistas e previdenciárias, prevendo, por exemplo, o fim da política de valorização do salário mínimo, a imposição da idade mínima para as aposentadorias e a prevalência do negociado sobre o legislado, que colocaria em risco inúmeros direitos consagrados, como as férias, o 13º salário, o aviso prévio, o FGTS, entre outros.
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