Maicon Michel Vasconcelos, secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, ficará dois anos no cargo da entidade representativa global dos trabalhadores na indústria
O secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT e metalúrgico na Mercedes-Benz, Maicon Michel Vasconcelos, foi eleito para a vice-presidência da IndustriALL Global Union durante o 4º Congresso da entidade, realizado entre 4 e 7 de novembro, em Sydney, na Austrália.
A IndustriALL Global Union é uma federação sindical global, fundada em 2012, e representa mais de 50 milhões de trabalhadores em mais de 140 países, trabalhando em todas as cadeias de suprimentos nos setores de mineração, energia e manufatura em nível global.
O sindicalista brasileiro esteve no evento em Sydney junto do presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, e da secretária de Formação, Maria do Amparo Travassos Ramos.
Maicon destaca que a eleição veio de forma democrática, em um consenso entre os países da América Latina, que ficarão com o cargo de forma compartilhada (Maicon será dirigente de 2025 a 2027, e depois a sindicalista Sol Calle, da Unión Obrera Metalúrgica, da Argentina, assumirá o cargo de 2027 a 2029).

“Esse é o resultado do trabalho da CNM/CUT na área internacional, que não começa e não vai terminar comigo. Um trabalho que a Confederação fez ao longo de mais de 40 anos. É um processo que demonstra o papel da CNM/CUT e o compromisso com a questão internacional, com a pauta internacionalista. É bom dizer que desde o início do IndustriALL, em 2012, a CNM/CUT já disponibilizou para a estrutura um secretário-geral adjunto, que foi o companheiro Fernandão, o Valter Sanches, que foi o secretário-geral da entidade, e agora disponibiliza a vice-presidência da América Latina e do Caribe na minha pessoa”, afirmou Maicon.
O metalúrgico da Mercedes avalia que esse momento é importante para assumir o cargo, principalmente para contribuir com a articulação política na região latinoamericana, que passa por momentos de incerteza, por conta das crises do sistema capitalista e de seus representantes, como no caso dos Estados Unidos e o mandato de Donald Trump, que quer influenciar diretamente nos governos do continente.
“O presidente dos Estados Unidos quer deixar sua máscara democrática cair para operar todo tipo de guerra fiscal, tecnológica ou até mesmo física contra os países da região. Então, é um momento de grande alegria, mas também grande responsabilidade e desafio para a região, para a gente poder não só dar um salto qualitativo na articulação produtiva e política dos sindicatos de Nuestra América, mas também e sobretudo no sentido de criar uma pauta de defesa dos nossos recursos naturais e da soberania do nosso território”, salientou Maicon.
