O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que a ação do governo ao estimular os investimentos
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a ação do governo para estimular os investimentos garantiu ao Brasil a “década da infraestrutura” nos próximos anos.
“O Brasil investiu pouco em infraestrutura desde a década de 80. A partir dos anos 2000, o país voltou a crescer, e o governo Lula ampliou os investimentos nessa área. Por isso, lançamos o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e reintroduzimos a política industrial”, disse Mantega durante palestra no Seminário de Infraestrutura, promovido pelos jornais Valor Econômico e Financial Times, no Rio de Janeiro.
Segundo ele, os bancos públicos aumentaram o volume de crédito, ajudando o país a se recuperar rapidamente da crise financeira internacional de 2008.
“A ação das empresas estatais durante a crise foi para apoiar o setor privado. Não houve estatização. Todo empresário que precisou de recursos encontrou apoio no BNDES”, destacou o ministro.
Essa política de estímulo possibilitou o início de grandes obras de infraestrutura nos últimos anos, que devem ser entregues nos próximos anos, consolidando o período como a “década da infraestrutura”.
Mantega também ressaltou que as estatais aumentaram investimentos, fizeram parcerias com o setor privado e continuam eficientes e lucrativas — ao contrário do que ocorria no passado, quando operavam no vermelho.
“Hoje, as instituições estatais apoiam o setor privado e são eficientes. O Banco do Brasil tem rentabilidade comparável à dos bancos privados. A Petrobras nacionalizou sua produção, elevando seus custos com compras, mas mantém lucros maiores do que outras petrolíferas”, exemplificou.
A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, também foi convidada e deve apresentar suas propostas para ampliar o potencial de investimentos em infraestrutura.
Na abertura do evento, a editora-chefe do Valor Econômico, Vera Brandimarte, lamentou a ausência do ex-governador José Serra:
“Infelizmente, José Serra não pôde comparecer. Vai ver ele acha que os assuntos de infraestrutura não são relevantes neste momento”, comentou.
Fonte: www.cnmcut.org.br