Mais de 2 mil pessoas participam do ato pela soberania em Porto Alegre

No 7 de setembro, o Grito dos Excluídos e o Ato pela Soberania levaram mais de mil pessoas ao Largo dos Açorianos em defesa da democracia, dos direitos e de um Brasil justo.

Neste domingo (7), mais de 2 mil pessoas se reuniram no Largo dos Açorianos, em Porto Alegre, para o ato em defesa da soberania nacional e o 31º Grito dos Excluídos. Convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais, o encontro reafirmou a luta por um Brasil democrático, justo e inclusivo, com foco em pautas como o fim da escala 6×1, a redução da jornada de trabalho, a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil e a realização de uma reforma tributária que taxe as grandes fortunas.

O ato ocorreu em sintonia com mobilizações em diversas cidades do país, marcando o Dia da Independência com a mensagem de que a verdadeira independência só será possível com justiça social, soberania e democracia.

“Um ato de esperança e afirmação da democracia”

O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, destacou a importância de unir movimentos sociais, sindicatos e a sociedade em torno de um projeto popular para o país. “Este é um ato nacional em defesa da soberania, para que a gente respeite a democracia, o Estado Democrático de Direito, sem anistiar nenhum criminoso que atentou contra o nosso povo. Também estamos aqui para afirmar as pautas da redução da jornada, o fim da escala 6×1, a taxação das grandes fortunas e a correção da tabela do Imposto de Renda, que já tem 48% de defasagem. É um ato de esperança, de afirmação de um Brasil justo, soberano e democrático, no qual o destino esteja nas mãos do povo brasileiro”, afirmou.

Vida em primeiro lugar

O ex-deputado federal e dirigente social Waldir Bohn Gass, participante histórico do Grito dos Excluídos, lembrou que a iniciativa chega à sua 31ª edição reforçando o lema permanente “Vida em primeiro lugar”. “A dignidade humana tem que ser respeitada, essa é a nossa briga permanente. Neste ano, além da defesa da democracia, que é essencial para garantir direitos, o Grito também trouxe a pauta da Casa Comum, lembrando a urgência do cuidado com o meio ambiente. Democracia e soberania são fundamentais, mas só teremos um país justo se também cuidarmos do planeta e garantirmos uma tributação mais justa, que não recaia apenas sobre os trabalhadores”, destacou.

Ato em Caxias do Sul reforça defesa da soberania e dos direitos

Em Caxias do Sul, os movimentos sociais, sindicais e populares realizaram um desfile logo após o desfile cívico oficial. Com faixas e cartazes, a caminhada levou às ruas as bandeiras pela redução da jornada de trabalho, pelo fim da escala 6×1, pela defesa da soberania nacional, por sindicatos fortes e pela democracia. Para a secretária-geral da CUT-RS, Silvana Piroli, a mobilização destacou que a verdadeira independência e liberdade só serão possíveis com respeito à soberania do povo brasileiro. “Quem pode decidir as coisas pelo Brasil é o povo brasileiro, e não os outros países”, afirmou.

Soberania e justiça social

Com faixas, bandeiras e palavras de ordem, a multidão reforçou que soberania significa desenvolvimento com inclusão, empregos de qualidade e políticas públicas financiadas de forma justa. Para os movimentos presentes, enfrentar a desigualdade exige mudar a lógica de um sistema que concentra renda e poder, colocando a vida e os direitos acima do lucro.

O ato encerrou com o chamado à continuidade da mobilização popular para conquistar um Brasil democrático, inclusivo e soberano, onde o povo seja protagonista de seu próprio destino.

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