Governo pressiona e bancos cortam juros do cartão de crédito

O elevado custo das operações no cartão de crédito está na mira do governo

Em recente entrevista à imprensa, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chamou de “escorchantes” os juros da modalidade. Por isso, representantes do setor privado estão discutindo com o governo uma agenda que abra caminho para uma redução consistente dos juros.

Nesta segunda-feira (24), foi a vez do Bradesco, que cortou em cerca de 50% as taxas das compras parceladas e do rotativo.

No início de setembro, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal anunciaram medidas semelhantes. Em agosto, o Itaú criou uma nova modalidade de cartão, na qual o juro máximo caiu à metade.

Mesmo com a redução, as taxas ainda estão muito elevadas se comparadas a outras modalidades de financiamento e mesmo ao juro básico da economia (Selic).
No Bradesco, por exemplo, o juro máximo do rotativo caiu para 6,9% ao mês, de 14,9% antes. Nas compras parceladas, o recuo foi de 8,9% para 4,9% ao mês. Em termos anuais, o rotativo custa, no pior cenário, 122%. Nas compras parceladas, o juro máximo alcança 77,5% ao ano.

Segundo dados do Banco Central (BC), em agosto a taxa média de juros para as pessoas físicas estava em 36,2% ao ano. A taxa Selic está em 7,5% ao ano.

De acordo com dados do BC, nos últimos cinco anos, a base de cartões de crédito no Brasil praticamente dobrou: em junho de 2012, eram 183,5 milhões, ante 92,4 milhões em junho de 2007.

Outros bancos

Santander, Caixa, Itaú e BB informaram que continuam analisando o mercado de crédito para definir se vão reduzir os juros dos cartões

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