Encontro de Aposentados da CUT-RS discute os desafios e o futuro da previdência

Encontro aconteceu na manhã desta terça (15) e contou com a participação de Ricardo Berzoini e Luciano Fazio

O encontro de aposentados da CUT-RS aconteceu nesta terça-feira (15), às 9h da manhã no Auditório do CPERS Sindicato. O objetivo do encontro é trazer um debate sobre a realidade da previdência do regime geral e do regime próprio, com os palestrantes Ricardo Berzoini e Luciano Fázio. A abertura da mesa contou com as falas da presidente do CPERS, Rosane Zan, o Secretário das Pessoas Aposentadas, Pensionistas e Idosas da CUT, Ari Nascimento, o Secretário de Aposentados e Assuntos Previdenciários da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Sérgio Kumpfer. 

O presidente da CUT/RS, Amarildo Cenci, também fez uma fala e refletiu sobre a conjuntura de pejotização da classe trabalhadora e elogiou a participação das(os) aposentadas(os) nas mobilizações encabeçadas pela entidade. “Fazer essa discussão é uma obrigação de uma central sindical que é das trabalhadoras e dos trabalhadores. Aqui não existem inativos, existem cidadãos sempre conectados e sempre na luta”, ressaltou.

O debate abriu com a palestra “Os desafios atuais e o futuro da Previdência”, com ex-ministro do Trabalho, das Comunicações, da Previdência Social e das secretarias de Relações Institucionais e de Governo dos mandatos de Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), Ricardo Berzoini.

Uma das pautas que mais afetam o futuro da previdência, conforme destacado por Berzoini, é a justiça tributária,a desigualdade social e econômica do país. Ele destacou que o debate deve ser social e não fiscal. “Se reconhecemos que vivemos cada vez mais, temos que encontrar uma maneira de fugir da discussão de simplesmente adiar direitos, mudar a forma de cálculo, aumentar a contribuição dos trabalhadores e criar mais obstáculos para o acesso a determinados benefícios.” pontuou Ricardo.

Durante a segunda mesa do encontro, foi discutido o Regime Próprio de Previdência Social e os servidores públicos, com o matemático, pós-graduado em Previdência Social pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Luciano Fazio. “A concepção de que a Previdência não é social, mas sim conquista trabalhista é perigosa, pois às vezes o mínimo e o máximo se confundem. Quando se fala em direito social, na verdade, o Estado é chamado para garantir a sua proteção” explicou Luciano.

É importante que o trabalhador esteja a par da realidade da previdência no Brasil, tanto do regime geral quanto do regime próprio. Esse encontro pode auxiliar no desenvolvimento das lutas que a CUT vem travando no sentido de melhorar a vida do povo, reconstruindo o Brasil a partir do ponto de vista dos trabalhadores, e envolve também reconstruir o Brasil do ponto de vista dos inativos e dos aposentados das diferentes categorias.


Ao final do evento, Saraí Brixner, representante da Confederazione Generale Italiana del Lavoro (CGIL), central sindical da Itália, e do Instituto Nazionale Confederale di Assistenza (INCA), que atua na defesa dos trabalhadores italianos, seus descendentes e brasileiros, fez uma fala sobre a previdência social. 

Com informações de CPERS Sindicato.
Fonte: CUT RS

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