Direitos conquistados e novas lutas mostram que saúde começa com valorização e respeito às trabalhadoras
O Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, marca também a fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS), criada em 1948. A data chama a atenção para os desafios globais da saúde e, em 2025, o tema proposto pela OMS — “Começos saudáveis, futuros esperançosos” — reforça a necessidade de investir na saúde de gestantes, recém-nascidos e crianças pequenas como base para um futuro mais justo e com qualidade de vida.
Mas para que esses “começos saudáveis” se concretizem, é preciso olhar também para as condições de trabalho das mulheres e para os direitos garantidos no dia a dia. Um bom exemplo disso vem da Convenção Coletiva de Trabalho assinada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, que garante avanços importantes para a saúde e o bem-estar das trabalhadoras da categoria.

Entre as cláusulas previstas, está a que obriga empresas com no mínimo 15 empregadas com mais de 16 anos de idade, e que não possuam creche própria ou convênio em condições mais vantajosas, a reembolsarem diretamente à trabalhadora as despesas com a guarda e assistência de filhos — inclusive adotivos — em creche legalmente habilitada, de livre escolha da mãe. O valor do reembolso é de até R$ 363,81 por filho, pelo período de 26 meses após o retorno do auxílio-maternidade.
A convenção também garante que empresas com mão de obra feminina mantenham absorventes higiênicos nas enfermarias ou postos de primeiros socorros, para uso emergencial — um item básico de saúde e dignidade que, infelizmente, ainda está longe de ser realidade para todas as trabalhadoras no país.
Essas conquistas são resultado direto da mobilização dos trabalhadores e da atuação do sindicato nas mesas de negociação. E a luta continua: na campanha salarial de 2025, os metalúrgicos da Grande Porto Alegre reivindicam, além de um reajuste salarial com aumento real de 10%, a ampliação da licença-maternidade para 6 meses, uma demanda fundamental para garantir mais saúde e segurança tanto para as mães quanto para os bebês no início da vida.
“Falar em começos saudáveis não pode ser apenas discurso. É preciso garantir estrutura, direitos e tempo para que as mães possam cuidar de seus filhos. Estamos falando de saúde, de dignidade e de justiça social — e isso começa dentro das fábricas”, reforça a direção do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre.
Luiza Alves – Comunicação Sindicato dos Metalúrgicos da Grande POA