DEPOIS DE 61 ANOS, GREVE NA STEMAC!

Trabalhadores conquistam PLR e encerram paralisação que durou seis horas

Os trabalhadores da Stemac, de Porto Alegre, entraram em greve a partir da manhã desta quarta-feira em busca do pagamento da PLR de 2011. Embora os gestores tenham incentivado os funcionários a trabalhar acima do normal durante o ano para conquistar o benefício, inclusive em sábados, domingos e feriados, a empresa alegou no início do ano que eles não haviam cumprido as metas e que, portanto, não mereciam receber a PLR.

O fato causou muita revolta e o sentimento entre os trabalhadores de que os gestores haviam mentido para eles ao prometer o benefício a ser pago no início de 2012. Além de ver frustrada a expectativa de receber um bom valor para elevar um pouco mais seus rendimentos, os trabalhadores da Stemac lembraram que a empresa teve sim um 2011 muito bom, pois ampliou seu patrimônio e tentou expandir suas unidades na região metropolitana.

Embora boa parte dos trabalhadores e trabalhadoras das áreas administrativas tenham entrado para trabalhar, ajudados pela lamentável interferência da Brigada Militar e pressionados pelas chefias via telefone celular, grande parte do pessoal da produção manteve-se firme nesta paralisação inédita. Nos 61 anos de Stemac em Porto Alegre, esta foi a primeira vez que os trabalhadores fizeram greve em busca de seus direitos.

A greve durou cerca de seis horas, quando, no início da tarde, a empresa finalmente admitiu negociar uma saída para o impasse e aceitou dialogar com a direção do sindicato e uma comissão formada por alguns funcionários. Na reunião, apresentou a proposta de conceder na folha de pagamento de março, a título de PLR, um abono no valor de R$ 400,00 para todos os trabalhadores da produção, além de não descontar as horas paralisadas, não punir e perseguir quem fez greve e conceder uma antecipação salarial de 4% em março e 4% em abril para os trabalhadores e trabalhadoras das áreas administrativas. Embora longe do ideal, a proposta foi considerada satisfatória pela maioria dos grevistas, que encerraram a paralisação prometendo mobilizar-se novamente caso a empresa não cumprisse com as promessas e acordos fechados com os funcionários.

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