Alimentação continua a pressionar a inflação

O aumento do Índice do Custo de Vida (ICV) calculado pelo DIEESE foi, em fevereiro, de 0,59%, uma t

O aumento do índice do Custo de Vida (ICV) calculado pelo DIEESE foi, em fevereiro, de 0,59%, uma taxa 1,13 ponto percentual (pp) menor que a apurada em janeiro (1,72%).

A Alimentação foi o principal fator de pressão, com alta de 1,19%, contribuindo com 0,33 pp para a inflação do mês. Além dos alimentos, os grupos que registraram os maiores aumentos foram: Habitação (0,87%) e Transporte (0,41%). Estes dois grupos, junto com a Alimentação, tiveram contribuição conjunta de 0,60 pp no cálculo da taxa de fevereiro, enquanto os grupos Equipamento Doméstico (-0,29%) e Vestuário (-0,79%) colaboraram negativamente com -0,03 pp.

Índices por estrato de renda

Além do índice geral, o DIEESE calcula mais três indicadores de inflação, segundo tercis da renda das famílias paulistanas. Em fevereiro, as taxas por estrato de renda foram relativamente semelhantes:

  • Estrato 1: 0,61% (corresponde a 1/3 das famílias mais pobres, com renda média de R$ 377,49*)
  • Estrato 2: 0,63% (famílias com renda média intermediária de R$ 934,17*)
  • Estrato 3: 0,58% (famílias com maior poder aquisitivo, renda média de R$ 2.792,90*)

Inflação acumulada

Nos últimos 12 meses, de março de 2009 a fevereiro de 2010, o ICV apresentou alta de 5,72%. As taxas por estrato foram:

  • Estrato 1: 5,62%
  • Estrato 2: 5,64%
  • Estrato 3: 5,79%

Nos dois primeiros meses de 2010, a inflação acumulada foi de 2,32%, sendo maior para o estrato 2 (2,46%) e menor para os demais: estrato 3 (2,31%) e estrato 1 (2,14%).

Inflação de janeiro de 2009 a fevereiro de 2010

As taxas anuais de inflação no início de 2010 estão cerca de 2 pontos percentuais maiores que no final do ano passado. Contudo, são mais baixas do que no período de 12 meses encerrado em janeiro e fevereiro de 2009.

Considerando os últimos 14 meses, de janeiro de 2009 a fevereiro de 2010, o ICV acumulou alta de 6,5%. Os grupos que compõem o índice apresentaram comportamentos variados, com alguns mostrando variações acima da inflação geral, outros com deflação, e alguns com taxas próximas ao índice total.

A análise das séries acumuladas sugere um salto inflacionário no início de 2010. Porém, os motivos dessas altas indicam não uma inflação crescente, mas reajustes pontuais, normalmente praticados no começo do ano. Nos próximos meses, espera-se que o patamar da inflação se situe em torno de 4,5%.

Fonte: DIEESE

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