Na última semana, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre esteve na unidade da GKN, localizada na zona norte da capital, para distribuir uma nova edição do informativo Chão de Fábrica. A publicação, produzida por Frederico Apratto — dirigente sindical e trabalhador da empresa —, reforça a importância da organização coletiva e destaca vitórias recentes da categoria.

O material deixa claro que nenhum direito caiu do céu. Cada avanço no contracheque e nas condições de trabalho foi resultado da luta, da mobilização e da presença ativa do Sindicato no cotidiano da fábrica. Mais do que negociar acordos, os diretores do STIMEPA estão no chão da fábrica, lado a lado com os trabalhadores, ouvindo, dialogando e fortalecendo a democracia nas decisões da base.

PPR, folga mensal e vale-alimentação: conquistas que nasceram da mobilização
Entre os principais avanços destacados, está a melhoria no Programa de Participação nos Resultados (PPR). Antes imposto de forma unilateral e com pouca transparência, o programa passou a ser negociado coletivamente. Como resultado, o valor base do prêmio aumentou 70% entre 2014 e 2025, superando os índices inflacionários no período.

Outro destaque foi a conquista de uma folga extra mensal para os trabalhadores da escala 6×1. Com uma compensação diária de 20 minutos no intervalo, a categoria passou a ter direito a um sábado livre por mês. O novo modelo foi aprovado por voto secreto, valorizando a democracia e a autonomia dos trabalhadores.

Já o vale-alimentação representa uma das vitórias mais simbólicas. Após mais de cinco décadas de operação no Brasil, a GKN instituiu o benefício no valor de R$ 200 mensais, válido por dois anos e com possibilidade de reajustes. A conquista só veio depois de anos de reivindicações e comparações com outras empresas do setor, sempre com o sindicato ao lado da categoria.

O sindicato é na fábrica, com os trabalhadores
A publicação também reforça que a luta continua. Participar das assembleias e se envolver nas decisões coletivas são formas de proteger os direitos conquistados e de avançar ainda mais. O sindicato não é um escritório distante: ele vive e se fortalece no chão da fábrica, com a participação ativa de cada trabalhador.
A edição termina com um recado claro sobre fortalecimento do sindicato como instrumento de defesa dos salários, dignidade e o futuro da classe trabalhadora.
Luiza Alves – STIMEPA