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Uma audiência pública entre as centrais sindicais (CUT, CTB, CGTB, UGT, NCST e Força Sindical) foi realizada na manhã desta terça-feira, 16. O encontro, que debateu o reajuste do salário mínimo regional, aconteceu na sala do Fórum Democrático, na Assembleia Legislativa. Cerca de 40 pessoas acompanharam a audiência, coordenada pelo presidente da CUT/RS, Celso Woyciechowski.
Na abertura da reunião, o dirigente cutista ressaltou a importância do piso regional para fortalecer a economia, melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e desenvolver o Rio Grande do Sul.
— Essa grande mobilização é importante para conquistarmos o reajuste de 13,03%. Nossa expectativa é melhor este ano do que em 2009, quando sequer fomos recebidos pelo governo. Naquele período ainda havia a crise financeira e um grande número de demissões. Este ano já houve uma retomada nos postos de emprego e teremos uma safra recorde. O que precisamos agora é de mobilização nas nossas categorias para garantir essa vitória — declarou Woyciechowski.
Ele também destacou a necessidade de discutir o PL 262/2009, do deputado Heitor Schuch, que propõe a antecipação da data-base no Estado para o dia 1º de janeiro, além de pressionar os deputados para que levem o projeto à votação no plenário.
Para o presidente da CTB/RS, Guiomar Vidor, o Rio Grande do Sul está na contramão do desenvolvimento:
— Nós fomos o primeiro Estado a criar o mínimo regional e agora temos um governo que está enterrando a nossa conquista — afirmou.
A importância dos trabalhadores estarem inseridos nas discussões sobre o reajuste também foi destacada por Paulo Barch, da UGT:
— A UGT está disposta a participar de atos e mobilizações junto com os trabalhadores para valorizar o nosso mínimo — acrescentou.
Já César Pacheco Chagas, da CGTB, defendeu que o reajuste do mínimo não é aumento, mas sim uma conquista dos trabalhadores.
O vice-presidente da NCST/RS, Oniro Camilo, acredita que a união das centrais é o caminho para a valorização do piso regional e defendeu a antecipação da data-base no Estado.
Carlos Barbosa, da Força Sindical, reforçou que a política de fortalecimento do mínimo é importante para o crescimento da economia.
Reajuste de 13,03%
Após as intervenções das centrais sindicais, o economista e assessor do Dieese, Ricardo Franzoi, explicou como as entidades chegaram ao índice sugerido de reajuste de 13,03%. Esse valor é a soma do reajuste do salário mínimo em janeiro de 2010 (9,68%) com o índice de recuperação do valor histórico (16,21%), dividido em cinco parcelas (3,05%).
Franzoi também comparou a evolução do piso gaúcho com a de outros estados:
— No Rio de Janeiro, o reajuste foi de 13,5%. No Paraná, foi de 9,5% para a menor faixa e de 21,5% para a maior — relatou.
Em seguida, representantes de diversas federações manifestaram suas opiniões. Os deputados estaduais Heitor Schuch (PSB) e Raul Carrion (PCdoB) também acompanharam a audiência.
Casa Civil
Nesta quarta-feira, 17, as centrais sindicais serão recebidas na Casa Civil para debater o reajuste do piso regional com o governo estadual.
Fonte: CUT/RS
Foto: Renata Machado