Embora abril seja o Mês da Saúde, dedicado à conscientização e prevenção, muitos trabalhadores mal conseguem encontrar um momento para pensar em como cuidar de si mesmos
Se a gente fosse depender de tempo livre pra cuidar da saúde, estaríamos inscritos na academia desde 2015 e comendo alface em todas as refeições… Mas a realidade é outra. Todo mundo corre de um lado pro outro, e quando dá uma pausa, tá tão exausto que só quer se jogar no sofá e virar uma batata frita humana. E isso vale em dobro pra quem acumula trabalho e responsabilidades domésticas — o famoso “trabalho e trabalho em casa”.
O problema é que essa rotina alucinante não sai de graça. Dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o estresse no trabalho é um dos maiores vilões da nossa saúde, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, ansiedade, depressão e a famosa síndrome de burnout. No Brasil, 32% dos trabalhadores vivem estressados e 12% apresentam sintomas de depressão. A OMS ainda manda a real: até 2030, a depressão vai ser a principal causa de incapacidade laboral no mundo.
Abril é o Mês da Saúde, marcado pelo uso da cor verde, que simboliza equilíbrio, esperança e bem-estar. A escolha de abril é uma homenagem ao Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, data criada pela Organização Mundial da Saúde para conscientizar a população sobre a importância de cuidar da saúde e prevenir doenças. A cor verde representa a saúde mental, a prevenção e a promoção de hábitos saudáveis.
Mas fica a dúvida: falar de saúde como, se a gente mal tem tempo pra respirar? Trabalha, pega busão lotado, chega em casa exausto e a única maratona que rola é de série na TV. Exercício físico? Só se for levantar controle remoto e dar aquela caminhada de três metros até a geladeira. A rotina intensa favorece doenças crônicas como hipertensão, obesidade e diabetes.
A redução da jornada de trabalho tá na boca do povo, e não é à toa. Um estudo da Universidade de Stanford mostrou que depois de 50 horas semanais a produtividade desaba, e o risco de doenças vai nas alturas. Ou seja, trabalhar até cair não é só ineficiente — é um atalho pro hospital.
Então, vamos combinar: aquele meme “meu trabalho tá me matando” talvez seja mais realidade do que piada. Tá na hora de repensar a lógica de “viver pra trabalhar” e focar em condições dignas, jornadas humanas e tempo pra cuidar de si. Saúde não é só não estar doente — é ter qualidade de vida e paz pra viver fora do expediente também.
Luiza Alves – Comunicação STIMEPA